Cojuv realiza visita assentamento da juventude

 Parte da área adquirida pela Associação foi financiada pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF).

Assentamento - Bruna Carvalho
O diretor de inserção do mundo do Trabalho, Miguel Ernesto e o gerente de esporte e cultura, Teleno Nobre, membros da Coordenadoria Estadual da Juventude (Cojuv) visitaram na sexta-feira (10) o Assentamento da Juventude-Bela Vista, que ocupa uma área de 497 hectares em Piracuruca (PI), município do Território dos Cocais.

Parte da área adquirida pela Associação foi financiada pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) – que é desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) por meio da Secretaria de Reordenamento Agrário (SRA) – e vai ser utilizada para o cultivo de pimenta malagueta, que será destinada à produção de conservas em escala comercial. Outra área atendera à caprinocultura. Para estruturar a atividade, foram adquiridas 278 matrizes de boa linhagem e nove reprodutores da raça anglo nubiano. Também houve formação de pastagem.

Para o diretor de inserção do mundo do trabalho, Miguel Ernesto conhecer a realidade desses jovens trabalhadores rurais foi de muita importância para o desenvolvimento de projetos para a juventude rural do Piauí. "A partir dessa troca de experiências vamos firmar uma parceria com os jovens do assentamento ,comprometendo incluir esse seguimento nos programas voltados para os jovens trabalhadores rurais”, afirma.

Ainda durante o encontro o presidente do assentamento dos jovens produtores rurais, Lucas Rodrigues, mostrou como funciona o assentamento e a produção de caprinos e da pimenta que ajuda na construção de emprego e renda dos jovens. “Acredito que o jovem precisa de uma qualificação e uma orientação para poder efetivar o trabalho da agricultura no seu local de origem”, explica.

Estruturação produtiva
O projeto em Piracuruca é desenvolvido em parceria com a Secretaria Estadual do Desenvolvimento Rural, que coordena a implantação do assentamento. As 25 famílias que formam a Associação acessaram R$ 518 mil do PNCF, por meio da linha de financiamento Combate à Pobreza Rural (CPR). Deste total, cerca de R$ 192 mil foram destinados à aquisição da terra e R$ 326 mil à construção de 25 casas, rede de distribuição de água integrada com dois poços artesianos para abastecimento humano e animal e irrigação, além de rede de energia trifásica. A associação tem dez anos para pagar o valor da compra da terra, com dois anos de carência. O recurso investido em infraestrutura é a fundo perdido.

Política pública complementar à reforma agrária, o PNCF financia a aquisição de imóveis rurais que não podem ser desapropriados para exploração em regime de economia familiar por trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra. O programa opera duas linhas de financiamento: Combate à Pobreza Rural, para famílias rurais mais necessitadas; e Consolidação da Agricultura Familiar (CAF), focada nos agricultores que já tem terra própria, mas querem consolidar suas áreas.

Desde 2003, o PNCF destinou R$ 2,2 bilhões para financiar a compra de 1,3 milhão de hectares por mais de 81 mil famílias (incluindo grupos de jovens, mulheres e negros) e aos primeiros investimentos em infraestrutura comunitária e produtiva. No Plano Safra da Agricultura Familiar 2010/2011, o limite de financiamento por família foi ampliado de R$ 40 mil para R$ 80 mil. Para operacionalizar o Crédito Fundiário em todo o País, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio da Secretaria de Reordenamento Agrário, delega a execução aos governos estaduais.