Operários paralisam obras da reforma do Estádio Castelão

 Na manhã desta segunda feira 1200 operários que trabalham nas obras da reforma do Estádio Castelão, em Fortaleza, paralisam sua atividades, reivindicando, entre outras coisas, o pagamento de salários atrasados e de cesta básica. A paralisação está prevista para continuar até quarta feira, dia 15, mas, se as negociações não evoluirem, poderá ter continuidade.

Trabalhadores do castelão

Cerca de 1.200 operários que trabalham nas obras do estádio Castelão para a Copa 2014 paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira, 13. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias do Ceará (Sintepav-CE), eles reivindicam pagamento dos salários atrasados, melhor remuneração e aumento no valor da cesta básica. A categoria promete manter a paralisação até a próxima quarta-feira, 15.

O sindicato informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os trabalhadores ficaram até as 9h aguardando contato com construtora responsável pelo consórcio, mas não obtiveram resultados.

Segundo o Sintepav-CE, o Consórcio Arena Multiuso Castelão (Galvão Engenharia S/A, Serveng Civilsan S/A e BWA Tecnologia de Informação LTDA), responsável pela obra, tem 50% de trabalhadores contratados de carteira assinada. Os demais são de empresas subcontratadas, que seriam empresas menores com números diversos de trabalhadores.

Os trabalhadores de empresas subcontratadas receberiam salário inferior ao piso da categoria, mesmo trabalhando na mesma carga horária dos contratados por meio de carteira assinada, cuja jornada de trabalho seria de oito horas por dia.

Na próxima quarta feira, 15, os operários se reúnem para decidir em assembleia se a paralisação continua.

Secretário da Copa promete intervir

O secretário Ferruccio Feitosa, titular da Secretaria Especial da Copa, afirmou que pode intermediar as negociações entre o sindicato e o consórcio construtor caso seja necessário.
No entanto, Ferruccio disse acreditar que as duas partes devem entrar em rápido entendimento e que haverá uma reunião nesta segunda-feira à tarde nesse sentido. Ele também descartou risco de um atraso significativo nas obras.

"Tivemos uma reunião muito boa na quinta-feira passada com os presidentes do Sintepav e do consórcio. Aí hoje aconteceu essa paralisação, mas acho que não há motivo para maiores preocupações", minimizou.

Reivindicações dos trabalhadores

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores os operários subcontratados para a reforma do Castelão estão sendo prejudicados por várias irregularidades que, entre outras, são as seguintes:
– Salários atrasados;
– Não pagamento da cesta básica;
– Salários inferiores aos da CCT;
– Atrasos no pagamento das horas extras;
– Falta de alojamentos dos trabalhadores de outras cidades;
– Alimentação precária.

Fonte: Sintepav-ce, O Povo on line e DN on line