TSE inocenta Vanessa Grazziotin

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou regular a prestação de contas da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) havia considerado irregular. O TSE julgou um agravo regimental ingressado pelo Ministério Público Eleitoral do Amazonas para que o órgão revisse uma decisão da corte amazonense de 2010.

O agravo era a terceira tentativa do ex-senador Artur Neto, derrotado nas últimas eleições, de julgar irregular a prestação de contas da campanha e condenar a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) por terceirização de pagamentos de despesas com pessoal.

Durante as eleições de 2010, a coligação ‘Avança Amazonas’ — que tinha como candidatos o então governador do Estado, Omar Aziz (PSD), e os atuais senadores Eduardo Braga (PMDB) e Vanessa Grazziotin (PCdoB) — terceirizou o pagamento dos cabos eleitorais.

A empresa AC Nadaf Neto foi contratada para efetuar os pagamentos dos ‘colaboradores’ durante a campanha e o fez por meio de cartões magnéticos. Na avaliação do procurador regional eleitoral, Edmilson Barreiros, o procedimento tirou a transparência dos gastos da campanha da então candidata ao Senado.

“A empresa em questão recebia repasses da conta de campanha da candidata e depositava em conta-corrente aberta em seu próprio nome, numa operação que caracterizou verdadeira terceirização de gastos que deveriam transitar exclusivamente pela conta bancária do candidato”, explicou o procurador.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Eleitoral, a senadora teria feito ‘caixa dois’ na campanha uma vez que no dia da eleição — 3 de outubro de 2010 — o vereador de Amaturá, Siríaco Silva (PMDB) foi detido com R$ 88 mil em espécie, além da apreensão de um cabo eleitoral da comunista detido com oito caixas com panfletos e santinhos.

Com o ‘colaborador’ foram apreendidos R$ 1,1 mil em espécie e cópias de títulos eleitorais.
Em outubro de 2010, o responsável pela prestação de contas da coligação e atual chefe da Casa Civil, Raul Raizan, negou a suposta compra de votos e explicou que a coligação não poderia ser responsabilizada.

“Eles poderiam usar o dinheiro para comprar votos, se quisessem. Mas nós não os orientamos a isso. Todos os deveres deles estão estipulados no contrato”, argumentou.

Com informações do Portal Em Tempo,
Mariane Cruz