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Eleições: redes sociais podem definir votos no México

As mídias sociais crescem em ritmo acelerado no México e estão sendo muito requisitadas como palanque virtual. A eficiência da campanha eleitoral na rede será colocada à prova no pleito do próximo dia 1º de julho.

Nos últimos cinco anos, o número de internautas mexicanos aumentou mais de 400%, somando 35,9 milhões de pessoas, de acordo com uma pesquisa da Associação Mexicana de Internet (Amipci). A organização, fundada em 1999, revelou também que seis de cada 10 internautas usam as redes sociais.

Do total de consumidores desses espaços, os do Facebook representam 39%, os do canal de vídeos YouTube 28%, e os do Twitter 20%, indicou a Amipci.

“É importante que comecemos a pensar um pouquinho mais nas opções, que se enfoque mais as propostas dos candidatos, daí os eleitores começarão a se definir”, comentou o especialista Pablo Berruecos, em um vídeo divulgado no YouTube.

Em 2006, as redes sociais praticamente não existiam no México e agora crescem de forma espantosa, opina o especialista.

Todos os candidatos presidenciais mexicanos têm sua presença na rede, alguns, como Enrique Peña Neto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI) e Verde Ecologista (PVEM), possuem quase um 1,5 milhão de “curtidores” na sua página do Facebook.

O ciberespaço pode se converter em uma mídia que divulgue assuntos do interesse do eleitor e que podem ser abordados em debates na TV. Lorenzo Córdova, conselheiro do Instituto Federal Eleitoral (IFE), expressou em uma entrevista para a Rádio Rede que, durante o período de campanha, os pré-candidatos à presidência da República podem utilizar livremente suas páginas de Internet e redes sociais com a única restrição de não pedirem votos.

Nesta quarta-feira (15), com o registro de Gabriel Quadri como cândidato do Partido Nova Aliança (Panal), depois da ruptura da coalizão com o PRI, completou-se o quadro de concorrentes para as eleições.

Quadri incorporou-se ao trio dos já confirmados Andrés Manuel López Obrador, pelo movimento da esquerda, Josefina Vázquez Mota, aspirante do Partido Ação Nacional (PAN, no governo) e Peña Neto.

Mais de 80 milhões de mexicanos irão às urnas no dia 1º de julho. Algumas pesquisas não oficiais estimam que, até o momento da votação nesse dia, ao menos 40 milhões de cidadãos terão acesso à Internet no país, dos quais cerca de 70% serão potenciais votantes.

Christiane Marcondes com informações da Prensa Latina