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Chile realiza mobilização em  dois protestos na Patagônia

Organizações sociais convocaram uma manifestação nesta segunda-feira (20), em Santiago, em solidariedade aos protestos populares na região de Aysén, motivadas pelo isolamento dessa zona extrema do país.

Entre os agrupamentos que convocaram aos cidadãos da capital a se manifestarem e que denunciaram paralelamente a repressão policial no mencionado território da Patagônia chilena se encontram a Confederação Nacional de Servidores públicos da Saúde Municipalizada (Confusam) e grupos de meio ambiente como Ação Ecológica.

A presidente da Confusam, Carolina Espinoza, disse que o governo está jogando mais lenha na fogueira com a arremetida policial dos últimos dias na Patagônia, ao invés de responder às demandas dos ayseninos.

Por sua vez, o líder ecologista Luis Mariano Rendón respaldou a exigência dos mobilizados de que seja o povo que decida através de um plebiscito vinculante a conveniência ou não de projetos energéticos na zona, como o já questionado de Hidroaysén.

Há uma institucionalidade que está em crise no Chile e que a maioria do povo quer mudar, afirmou Rendón, depois de opinar que a administração de Sebastián Piñera está refém dos setores mais conservadores do país, o que explica a resistência às mudanças.

Os protestos do denominado Movimento "Aysén, seu problema é meu problema" centrarão a agenda do La Moneda nesta segunda-feira (20), com um anunciado Comitê Político encabeçado por Piñera e no qual se prevê que participem os ministros do Interior, Rodrigo Hinzpeter, e da Fazenda, Felipe Larraín, além de outros ministros e autoridades da zona de conflito.

A demanda dos manifestantes tem 11 pontos, entre eles subsídio aos combustíveis, melhorias no acesso à saúde, um salário mínimo regionalizado e a necessidade de uma universidade regional publica, explicou à Prensa Latina o vereador de Porto Aysén, Guido Jaramillo.

Queremos que o Estado proteja aos cidadãos, aos trabalhadores, enfatizou Jaramillo, que também criticou a repressão policial contra os habitantes da Patagônia.

"Bombardearam com gases lacrimogêneos um setor da nossa população, também o interior das casas; há muitos feridos com balas e uma pessoa tomou um tiro a dois metros de distância e seu olho voou", disse o vereador chileno.

Fonte: Prensa Latina