Estudo aponta que casos de discriminação crescem 64% no Carnaval
O número de casos de agressão relativos à desigualdade nos percursos carnavalescos aumentou em relação ao Carnaval de 2011. Ao menos é o que aponta um relatório parcial do Observatório da Discriminação Racial, Violência contra a Mulher e LGBT sobre esses cinco dias de folia em Salvador, capital do estado da Bahia.
Publicado 21/02/2012 10:02
De acordo com o relatório, nas primeiras 72 horas foram registradas 159 ocorrências, a maioria dos casos associada à discriminação racial, representando uma média de aproximadamente 65%, com 104 ocorrências.
Em seguida, estão os casos de violência contra mulher, com registro de 59 agressões contra as mulheres, totalizando um percentual de 33% e, por último, a violência contra o grupo LGBT, com 2% de ocorrências. Não foram divulgados os dados do ano passado.
Com o slogan "Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direito", o observatório busca identificar atos de discriminação e violência racial, de gênero e homofóbica no circuito da folia até o final do Carnaval.
Na sétima edição, o Observatório atua com 100 funcionários que ficam por todo o circuito da festa e nos seis postos instalados no Cruzeiro do São Francisco – Sociedade Protetora dos Desvalidos (SPD), Ladeira de São Bento, Lapa, Camarote Casa dos Bailes – Casa D'Itália e Assufba e Faculdade Social da Bahia – Ondina.
O Observatório também reúne dados que comprovem a existência de ações discriminatórias raciais, de gênero e homofóbicas, dentro dos circuitos carnavalescos. Os casos registrados ajudam na formulação e implantação de políticas públicas voltadas para a prevenção de discriminações e desigualdades, motivadas por raça, gênero e orientação sexual.
Fonte: Portal Terra