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Excessiva violência policial na Patagônia chilena

Observadores de Direitos Humanos da Rede Sitios de Memoria de Chile denunciaram a excessiva violência policial no contexto dos protestos da região de Aysén contra o alto custo da vida.

Representantes da Confederação de Estudantes do Chile (Confech) também se somaram da mesma forma às críticas contra a polícia de Carabineiros em declarações à imprensa, depois de visitarem nesta segunda-feira (20) ao aysenino Teófilo Haro, que está em estado grave após de ter recebido o impacto de uma bala no rosto, o que lhe ocasionou a perda do olho direito.

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O tiro foi dado à queima-roupa, a menos de dois metros de distância, por um policial que, ao vê-lo ferido e no chão, realizou um segundo disparo no abdômen e lhe provocou: "aqui te peguei!", relatou a vítima.

De fato, a integrante do grupo de observadores de direitos humanos Marta Cisterna advertiu sobre o preocupante estado de Haro porque tem estilhaços de aço alojados também atrás do olho esquerdo e impactos de balas no peito.

O relatório médico do Hospital do Salvador, onde foi levado desde Coyhaique, capital de Aysén, informou que o paciente entrou com traumatismo encéfalocraniano, estouro ocular direito, corpo estranho intraocular esquerdo e feridas torácicas.

Para o porta-voz da Confech, Noam Titelman, o que está acontecendo na região da Patagônia chilena é a clara demonstração de que a política de desgaste à qual tem apostado o governo não funciona e que o caminho da repressão só conduz a que se intensifiquem os protestos.

"Os Carabineiros estão entrando nos povoados mais humildes de Aysén e estão jogando gás no interior das casas", destacaram os observadores de direitos humanos, que contaram que várias pessoas foram atendidas em instalações hospitalares por feridas de balas de aço e por sintomas de asfixia provocados pelas bombas lacrimogêneas.

Fonte: Prensa Latina