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Daciolo, líder dos bombeiros no Rio, deve deixar prisão hoje

O cabo Benevenuto Daciolo, líder dos bombeiros durante a greve no Rio, deve ser liberado na tarde desta sexta-feira (24). O juiz da Auditoria Militar do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio, Marcius da Costa Ferreira, já assinou seu alvará de soltura. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Auditoria Militar. Ele será o último líder grevista a ser solto.

Segundo o TJ, o cabo teve seu habeas corpus concedido pelo desembargador plantonista Aldolpho Andrade no sábado (18), mas a decisão não pôde ser cumprida antes porque havia um mandado de prisão da Auditoria Militar que não havia sido recolhido. A Auditoria Militar teria então solicitado o recolhimento do mandado para que o alvará de soltura fosse expedido.

A princípio se alegou um erro de digitação no pedido de habeas corpus, mas o principal entrave era o mandado de prisão que não tinha sido recolhido.

Outros trabalhadores também foram presos durante o movimento grevista, semanas antes do Carnval, mas foram liberados no sábado (18) e domingo (19). Daciolo foi detido na noite do dia 8 quando voltava de Salvador (BA), onde havia participado de negociações em torno da paralisação dos policiais militares baianos. Ele foi acusado de incitar a greve.

Gravações telefônicas divulgadas na grande mídia apontaram que Daciolo falou em inviabilizar tanto o Carnaval baiano quanto o fluminense com as paralisações.

Daciolo também participou da paralisação dos bombeiros, em 2011, quando 400 bombeiros ocuparam o quartel-central da corporação, durante uma manifestação.

Alguns militares chegaram a ser levados para o presídio de segurança de Bangu 1, mas, na quarta-feira (15), o TJ concedeu a transferência deles para as unidades prisionais militares. Na passagem por Bangu 1, Daciolo chegou a fazer uma greve de fome.

O movimento grevista do Rio reivindicava melhores salários e a aprovação da PEC 300 –proposta de emenda a constituição que estabelece um piso nacional para os servidores da segurança pública. Depois de uma assembleia que reuniu mais de 2.000 militares na Cinelândia, no centro do Rio, no dia 9 deste mês, a greve foi iniciada por bombeiros, policiais militares e policiais civis.

Na segunda-feira (13), decidiu pela suspensão da paralisação e a principal reivindicação passou a ser a liberdades dos militares presos.

Fonte: UOL