Partidos querem que prefeito seja eleito com no mínimo 17 votos

Os argumentos da Presidência da Câmara de Campinas ficaram bastante abalados com a nossa defesa de um quorum permanente de no mínimo 17 votos no candidato eleito”, relatou Benassi e completou: "Somos a favor das eleições diretas, mas como o TRE decidiu pelas indiretas, que pelo menos seja com a maioria absoluta dos vereadores".

Dezoito partidos políticos de Campinas se reuniram nesta quinta-feira para discutir as regras da eleição indireta em Campinas e pediram a Mesa Diretora da Câmara Municipal para que seja produzido um Decreto Legislativo e que o prefeito eleito para o mandato-tampão receba pelo menos 17 votos dos 33 vereadores. O encontro aconteceu pela manhã, no plenarinho, e reuniu partidos com e sem representação na Casa.

Para o vereador Sérgio Benassi, presidente do PCdoB, que faz parte de uma frente de oposição à candidatura do prefeito interino Pedro Serafim Júnior, formada também por PT, PSB, PMDB e PPS, é preciso que o prefeito escolhido tenha o mínimo de representatividade e que o Poder Legislativo como um todo assuma a responsabilidade das regras da eleição. “Sentimos que a Mesa Diretora entendeu nossos argumentos. Não foi aceito pela maioria (dos partidos) a dupla regra em relação ao quorum de votação. Os argumentos da Presidência da Câmara – que queria editar o mesmo ato publicado anteriormente que causou muitas dúvidas – ficaram bastante abalados com a nossa defesa de um quorum permanente de no mínimo 17 votos no candidato eleito”, relatou Benassi e completou: "Somos a favor das eleições diretas, mas como o TRE decidiu pelas indiretas, que pelo menos seja com a maioria absoluta dos vereadores".

A Imprensa foi impedida de assistir à reunião. Mas vereadores informaram que a Presidência temia, com a mudança desta regra, que houvesse um esvaziamento da sessão e não ocorresse votação. Mas Benassi argumentou que esta manobra serviria justamente para eleger um prefeito com muito poucos votos, porque com uma maioria simples, o esvaziamento da sessão poderia privilegiar a candidatura de Serafim.

Alguns representantes de partidos questionaram a necessidade da desincompatibilização do prefeito interino do cargo para participar das eleições, mas o artigo 67 da Lei Orgânica do Município e o Artigo 14, parágrafo VI da Constituição, exigem a desincompatibilização apenas quando em pleito para cargo diferente.

Os partidos de oposição preparam uma candidatura própria e um nome que aglutine este campo e faça frente à chapa de Serafim. O candidato ainda não foi escolhido.

De Campinas,
Gil Caria – Assessoria de Imprensa do mandato do vereador Benassi