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"Queremos empregos e não celulares"

Um protesto marcou o final do primeiro dia do Mobile World Congress, a maior feira mundial do setor de telecomunicações, em Barcelona. O que era uma manifestação sindical, promovida pelos funcionários do sistema de transporte de ônibus da cidade e por ex-funcionários da HP contra as demissões, acabou por se tornar um ato contra o próprio evento e contra essa indústria que não tem limites éticos para a sua produção.

Manifesto contra demissões em Barcelona

Integrantes do evento deixaram os pavilhões, no pé da montanha de Montjuic, sob forte proteção policial.

Do lado de fora, algumas centenas de pessoas seguravam cartazes e entoavam cantos.  Um cartaz dizia: "Pedimos empregos e nos trouxeram celulares".

Até onde se pode observar, não houve violência nem do lado da polícia nem do lado dos manifestantes, que se dispersaram algum tempo depois.

Aguardada com ansiedade pelos aficionados da telefonia móvel, o Mobile World Congress traz as principais tendências para aparelhos smartphones, além de novos aplicativos.

O evento

O Congresso teve início nesta segunda-feira (27) e deve seguir até a próxima quinta-feira. Ele reúne os principais nomes da indústria da tecnologia móvel no mundo, não apenas os fabricantes de telefones celulares, mas também desenvolvedores de softwares, que deverão apresentar seus novos aplicativos para smartphones.

Já as operadoras de telefonia móvel devem se mostrar um tanto quanto cautelosas. Se por um lado elas devem confirmar o investimento de bilhões na melhora das redes, cada vez mais rápidas, por outro, seus negócios têm se mostrado cambaleantes.

Elas conseguem exercer cada vez menos influência sobre serviços usados pelos clientes em seus celulares, pois eles escolhem o que querem baixar das lojas de aplicativos online. Google e Apple faturam bem com esse serviço, e as operadoras se veem reduzidas ao papel de meras transportadoras de dados.

Christiane Marcondes com informações de agências