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Índia anuncia que continuará a comprar petróleo iraniano

O governo da Índia reiterou nesta quinta-feira (1º/3) que continuará importando petróleo iraniano para cobrir suas necessidades internas e só observará as sanções impostas pelas Nações Unidas ao Estado persa.

"Mantemos uma relação cordial com o Irã e continuaremos importando seu petróleo", confirmou o ministro indiano do setor, Jaipal Reddi.

Nova Déli considera que, diferentemente das medidas aprovadas contra Teerã no seio da ONU, as impostas pelos Estados Unidos e a União Europeia são unilaterais, por isso não violaria nenhuma norma internacional se comprar petróleo sob determinadas condições ou fomentar o comércio bilateral.

Analistas locais estimaram que ao apontar nesta quinta-feira que seu país "respeita unicamente as sanções impostas pelas Nações Unidas", Reddi respondeu indiretamente à secretária de Estado, Hillary Clinton.

Ontem, a chefe da diplomacia estadunidense declarou que Washington persuadiria países como a Índia, China e Turquia para que reduzissem sua dependência do petróleo iraniano.

Os Estados Unidos e a União Europeia reforçaram o embargo petroleiro com a intenção de estrangular a economia iraniana e forçar o país a abandonar seu programa de energia nuclear, alegando que ele persegue fins militares, apesar de observadores internacionais não terem encontrado provas de tal presunção.

Relutante a somar-se a essa campanha, a Índia anunciou no início de fevereiro que pagará 45% das importações de petróleo iraniano em rúpias (montante que representa até 80% de seu consumo), um sistema que pretende evadir as sanções estadunidenses sobre o assunto.

A fim de pagar os 55% restantes, uma delegação comercial indiana viajará na segunda dezena deste mês ao Irã para aumentar suas exportações a esse país e convir um tipo de mecanismo de troca ou compensação.

Adicionalmente, maneja-se a possibilidade de realizar investimentos indianos em projetos iranianos relacionados à indústria petroleira, à mineração e à construção de estradas e ferrovias.

Fonte: Prensa Latina