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EUA coordena novas ações hostis contra Síria

Os Estados Unidos estão movendo suas teias diplomáticas para derrubar o atual governo da Síria, assegurou nesta quarta-feira (7) o chefe do Pentágono, Leon Panetta, durante uma audiência especial no Senado.

O Secretário de Defesa respondeu perguntas sobre o tema em uma sessão do Comitê de Serviços Armados e reconheceu que não existe consenso entre países aliados de Washington quanto ao início de uma intervenção militar contra Damasco.

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"Para nós atuar unilateralmente poderia ser um erro, seria uma operação com forças limitadas e demasiadas contingencias para os soldados no terreno", sublinhou Panetta. "Não obstante" – afirmou – "várias opções militares seguem sendo consideradas".

Anteriormente, o senador conservador pelo Arizona John McCain pediu à administração de Barack Obama para acelerar o uso da força contra o presidente sírio Bashar Assad, cujo derrocamento – disse – seria "um golpe estratégico e geopolítico de primeira ordem".

O general Martin Dempsey, chefe do Estado Maior Conjunto, adiantou que entre as variantes avaliadas estão o estabelecimento de zonas de proibição aérea e marítima e os chamados bombardeios cirúrgicos contra determinados perímetros na Síria.

Há semanas o Departamento de Defesa dos Estados Unidos tem planejado uma série de ações ante um eventual fluxo de refugiados ou a suposta necessidade de ajuda médica de forma em massa solicitada pelo pessoal em Damasco.

O leque de alternativas não exclui um ataque militar com forças especiais e em coordenação com aliados de Washington como Turquia e outros integrantes da OTAN, indicaram meios de imprensa como a corrente CNN e a rádio nacional NPR.

 

Segundo assessores da Casa Branca, este movimento do Pentágono é uma iniciativa independente dessa instituição federal, com o objetivo de apresentar opções sobre Síria ao presidente Obama caso o executivo as requisite-a.

Nossos planos militares têm um amplo espectro de variantes, ainda que ainda pensássemos que a diplomacia é uma via útil, apontou a porta-voz do Pentágono Chris Perrine.

Congressistas conservadores como McCain e Lindsey Graham pediram a Obama resoluções mais contundentes sobre a nação levantina e, no imediato, fornecer armas a grupos subversivos que o governo de Assad qualifica de terroristas.

No início do mês passado, os Estados Unidos fecharam sua embaixada na Síria, retiraram todos seus diplomatas e recomendaram aos cidadãos estadunidenses não viajar ou sair desse território no Oriente Médio.

A administração Obama tem criticado o que qualifica como uma escalada da violência de militares sírios contra civis e tentou condenar ao presidente Assad no Conselho de Segurança de Nações Unidas.

Fonte: Prensa Latina