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Esta será a última Cúpula das Américas sem Cuba, dizem ministros

Reunidos nesta terça-feira (13) em São Paulo, os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e da Argentina, Héctor Timermam aumentaram a pressão para incluir Cuba na Cúpula das Américas. Para os chanceleres, o próximo encontro, em 14 e 15 de abril em Cartagena das Índias, na Colômbia, deverá ser o último sem a participação cubana.

Patriota e Timermam reforçam que esta será a última Cúpula das Américas sem Cuba/ Foto: Marco Press

Após o anúncio de que Cuba não participaria mais uma vez da Cúpula, os países integrantes da Aliança Bolivariana dos Povos da Nossa América (Alba), ameaçaram boicotar o encontro. Essa deverá ser o encontro mais polêmico desde 2005, quando Brasil, Argentina e Venezuela enterraram a negociação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

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Segundo Timermam, vários países vêm defendendo a mesma posição. "Cuba precisa ser parte da Cúpula das Américas para que esta seja, finalmente, a Cúpula das Américas", completou.

Patriota ressaltou que essa situação já se prolongou "para além do que seria considerado razoável". "Recordo a vocês que o então presidente Lula, quando esteve na última Cúpula das Américas, já tinha dito isso, que aquela deveria ter sido a última sem a presença de Cuba", afirmou.

A presidente Dilma Rousseff não descartou sua ida à Colômbia como forma de fortalecer a Cúpula das Américas. Sua homônima argentina, Cristina Kirchner, no entanto, confirmou sua presença.

Os chanceleres também valorizaram a viagem do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, a Havana para explicar ao mandatário cubano, Raúl Castro, sobre o veto estadunidense à presença cubana. “Os dirigentes cubanos foram muito generosos ao assinalar que não querem ser a pedra no sapato e não querem ser problema nem para a Colômbia nem para a Cúpula”, declarou Santos na semana passada.

O chanceler cubano Bruno Rodríguez, por sua vez, declarou não ter tido nenhuma surpresa: “foi a crônica de uma exclusão anunciada. Com um enorme desrespeito pela Colômbia, pela América Latina e Caribe, os porta-vozes estadunidenses desde o primeiro dia decretaram a exclusão”, sublinhou após agradecer os votos de Bogotá para que esta situação não se repita.

Da Redação do Vermelho, com agências