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Manaus: luta pelo piso do magistério leva estudantes para as ruas

Como parte da mobilização nacional pelo reconhecimento do piso dos professores, estudantes de escolas municipais e estaduais de Manaus invadiram, nesta quarta-feira (14) a piscina da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM). O ato foi em apoio pela luta de melhorias nas condições de trabalho na educação.

Da Redação do Vermelho, Joanne Mota com agências

Em declaração à imprensa, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), Marcus Libório, disse que serão três dias de atividades pela educação. “Estamos chamando atenção das autoridades ao piso salarial, aos 10% do PIB pela educação, 50% do pré sal para educação e aos planos de cargos e salários", afirmou.

Ele acrescenta que a manifestação é também para reivindicar os direitos dos professores no interior do Amazonas, que, segundo ele, não estão recebendo salários na base do piso nacional.

Unidos pela valorização

O protesto, que também foi realizado pelos professores das duas redes de ensino, integra uma série de atos que estão sendo realizados em todo o País, até a próxima sexta-feira (16).
Segundo nota da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), essas manifestações visam cobrar entre outras coisas o cumprimento do piso nacional do magistério.

Roberto Leão, presidente da CNTE, informou ao Vermelho que os estados estão unidos e cientes de seu papel. “Hoje nós temos uma categoria muito mais consciente de sua luta pela melhoria e reconhecimento de seu trabalho. E lutar pela melhora da Educação é lutar por direitos. E essa luta será iniciada com a valorização do piso, mas não se esgotará nela, vai além”, reafirma Leão.

Leão lembra que não se pode mais deixar de discutir e planejar um projeto de Estado que propicie mudanças estruturais com vias de desenvolvimento, e a educação e vetor fundamental nesse processo. “É preciso que a população tome ciência de seu papel e fiscalize a aplicação desses recursos. E questões como a garantia da ampliação do orçamento para Educação, com a aplicação de no mínimo 10% dos PIB, controle social e gestão democrática tornam-se pontos fundamentais para colocar a Educação em um outro patamar”.

Conheça a discussão

Criada em 2008, a Lei determina um valor mínimo que deve ser pago a professores com formação de nível médio e jornada de 40 horas semanais. Para 2012 esse valor foi definido em R$ 1.451, mas alguns estados e municípios pagam menos do que determina a regra.

Segundo informações da imprensa da capital amazonense, a Polícia Militar e Civil, em parceria com a Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), foi acionada até o local, o que dispersou os manifestantes.