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Conselho de Segurança recebe novos projetos sobre a Síria

O Conselho de Segurança recebeu nesta segunda-feira (19) duas propostas, uma da França e outra da Rússia, relacionadas à missão do enviado especial da ONU para a Síria, Koffi Annan, e aos recentes atentados à bomba nesse país.

A iniciativa francesa pede ao órgão de 15 membros uma declaração (não resolução) de apoio ao gerenciamento iniciado por Annan como emissário conjunto das Nações Unidas e da Liga Árabe para uma solução política ao conflito.

Por seu lado, a Rússia reclama um pronunciamento similar do Conselho de Segurança de condenação aos atentados registrados nos últimos dias nas cidades sírias de Damasco e Aleppo, com saldo de várias dezenas de mortos e centenas de feridos.

A apresentação dos projetos foi confirmada pelo representante permanente do Reino Unido perante a ONU, Mark Lyall Grant, em sua condição de presidente do Conselho de Segurança durante o atual mês de março.

"As consultas em torno de ambas proposições continuarão amanhã", informou o diplomata, que não ofereceu detalhes sobre seu conteúdo.

Na sexta-feira passada, Annan realizou uma videoconferência com os membros do Conselho de Segurança, aos quais solicitou pleno respaldo a seu labor de mediação na Síria.

O diplomata ganês visitou Damasco na semana passada e reuniu-se em duas ocasiões com o presidente sírio, Bashar al-Assad, a quem entregou uma série de propostas com vistas a uma solução da crise.

Nesta segunda-feira chegou à Síria uma equipe de colaboradores de Annan para trabalhar com as autoridades sobre essas ideias.

A chegada desse grupo foi confirmada pelo porta-voz oficial adjunto das Nações Unidas, Eduardo del Buey, que explicou que se trata de uma missão de cinco pessoas especialistas em assuntos políticos e em mediações em processos de pacificação.

"Permanecerão o tempo que for necessário para avançar a um acordo sobre as propostas apresentadas por Annan e que incluem o estabelecimento de um mecanismo de monitoramento", detalhou o porta-voz em seu encontro diário com os jornalistas.

Em declarações na sexta-feira passada em Genebra, o enviado especial sublinhou: "quando considerar que há suficiente progresso, devo estar preparado para regressar à região".

Fonte: Prensa Latina