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Paraíba: reitora da UEPB discute Lei da Autonomia com estudantes

Para ampliar as discussões acerca da aplicação da Lei da Autonomia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e as conseqüências do seu descumpimento, a professora Marlene Alves, reitora da Instituição, participou, nesta terça-feira (20), de um debate com estudantes e demais interessados no tema.

Ao longo do debate, um dos pontos mais abordados correspondeu sobre qual o efeito direto que a derrubada da lei provoca nos investimentos e projetos que a Universidade tinha planejados.

De acordo com a professora Marlene, no Estado somam-se cinco instituições que recebem seus respectivos recursos a partir do repasse do duodécimo: Tribunal de Contas, Assembleia Legislativa, Poder Judiciário, Ministério Público e a UEPB. Com a decisão do Governo do Estado de fixar os recursos destinados à Universidade, todos os programas da Universidade estão comprometidos.

“Qualquer indicador irá mostrar que nos últimos cinco anos nós crescemos não somente na quantidade, mas também na qualidade. Além dos 22 mil alunos que temos, a Universidade ainda atende a mais de 87 mil pessoas com os projetos de extensão que oferece. Mas sofremos um corte imenso nos nossos recursos e isso prejudica demasiadamente todo o investimento na Educação que estamos fazendo”, explicou Marlene.

Por mais de duas horas, a reitora fez explanações sobre os prejuízos que a UEPB está sofrendo, rebateu acusações feitas pelo Governo do Estado com relação a aplicação dos recursos destinados à Instituição e respondeu a questionamentos do público e esclareceu todas as dúvidas dos participantes do debate.

Diversas pessoas fizeram questão de manifestar seu apoio à luta em defesa da Autonomia da Universidade. Diante de todas as explicações dadas pela reitora Marlene Alves, a adesão à causa pelo bem maior de um dos mais importantes patrimônios do povo paraibano aumentou ainda mais. Um movimento de amigos e amigas da UEPB, envolvendo cidadãos de vários segmentos, está sendo organizado para também ingressar na luta pela reconquista da Autonomia.

Nas falas de todos, a revolta pelo golpe sofrido pela Instituição foi claramente perceptível. Cada um que fez uso da palavra destacou que essa discussão é de suma importância para que o patrimônio chamado UEPB não sofra com medidas que prejudiquem o desenvolvimento proporcionado pelos programas oferecidos pela Universidade. “Tenho a plena convicção de que a Lei da Autonomia foi ferida. Precisamos confrontar quem está fazendo mais pela educação: a UEPB, que oferece 50% de suas vagas para as vagas de cotas, oferece bolsas para pesquisa, bolsas de extensão, assistência estudantil ou quem tem preferido fechar escolas em todo o estado?”, questionou, por exemplo, Camilo Diniz, estudante do curso de Direito.

Outras mobilizações e discussões sobre a Autonomia da UEPB serão realizadas ainda nesta semana. Na quinta-feira (22), às 10h, na Câmara Municipal de Campina Grande (CMCG), haverá uma sessão especial conjunta com a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) para debater o tema e na sexta-feira (23), às 10h, no Museu de Arte Contemporânea da UEPB, localizado no bairro do Catolé, acontece o Seminário de Prestação de Contas da Universidade.

Fonte: Assessoria da comunicação da Universidade Estadual da Paraíba