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Organismos africanos reprovam golpe de Estado em Mali

Organizações regionais africanas condenaram hoje o golpe de estado em Mali e demandaram aos militares amotinados que respeitem a vida das pessoas e as leis desse país africano.

Depois de manifestar sua rejeição contra o levantamento militar, o presidente da Comissão da União Africana (UA), Jean Ping, indicou em um comunicado que esse organismo está muito preocupado pelos repreensíveis atos cometidos por integrantes do exército malinense em Bamako, capital do país.

Tais declarações dão-se depois de que meios jornalísticos, que citaram a fontes de Proteção Civil, refletiram que confrontos entre os sublevados e leais ao chefe de Estado de Mali, Amadou Toumani Touré, deixaram nas filas destes últimos um saldo de 50 mortos nas últimas horas.

Até o momento desconhece-se o paradeiro fixo do governante Toumani Touré, ainda que militares fiéis a ele tenham assinalado que se encontra em um lugar seguro.

O presidente da Comissão da Comunidade Econômica de Estados da África ocidental (Cedeao), Desire Kadre, também se pronunciou contra as ações dos amotinados, a quem chamou a respeitar a Constituição.

Insistiu, por outro lado, em que o organismo regional, do qual Mali faz parte, não tolerará nenhuma tentativa de conseguir ou manter o poder por meios inconstitucionais.

Depois do golpe militar, ocorrido nas últimas horas, o tenente Amadou Konaré, porta-voz do grupo que atacou o Palácio Presidencial e controla a sede da televisão pública estatal, manifestou que a violenta ação teve como motivo a incapacidade do governo para resolver a crise no norte do país.

Na atribulada região malinense existe uma forte rebelião das tribos tuaregues, ao que se somam atividades violentas de grupos islâmicos.

Konaré, em nome dos sediciosos que se agrupam no chamado Comitê Nacional pela Recuperação da Democracia e a Restauração do Estado, também comunicou que a Constituição está suspensa e as instituições do país foram dissolvidas.

Organizações humanitárias advertiram recentemente sobre a deterioração da situação política em Mali, com umas 80 mil pessoas deslocadas desse território para países vizinhos.

Prensa Latina