Síria inscreve novo partido; vários candidatos se registram

O Comitê de Assuntos Políticos, presidido pelo ministro do Interior, general Mohammad Al-Shaar, anunciou a aprovação do Partido Al-Watan, depois de examinar sua documentação. Com ele,  já são nove as novas organizações surgidas no país como parte dos preceitos do pluripartidarismo contemplados na nova Constituição, referendada no dia 22 de fevereiro.

Os outros oito novo partidos já autorizados desde o final de janeiro são Solidariedade, Sírio Democrático, Al-Ansar, Democrático Al-Talea, Solidariedade Árabe Democrática, Desenvolvimento Nacional, Nacional da Juventude Síria e a Juventude Nacional pela Justiça e Desenvolvimento.

Nas eleições legislativas de 7 de maio, estas novas peças concorrerão no tabuleiro político sírio com os sete agrupamentos já estabelecidos, os quais integram historicamente a compacta aliança de governo Frente Nacional Progressiva, liderada pelo Partido Socialista Árabe Al-Baath e que tem dirigido as rédias do país há 40 anos.

No sufrágio pluripartidarista de maio para eleger a nova legislatura sob os novos conceitos do pluralismo democrático poderão participar também políticos independentes, e entre todos os aspirantes sairão os 250 deputados da Assembleia do Povo, dos quais 127 deverão ser trabalhadores e camponeses, segundo decreto presidencial.

Pela primeira vez nessas eleições poderão participar livremente os cidadãos de origem curda em virtude do Artigo IX da nova Carta Magna, que reconhece essa comunidade como parte integral da nação síria e do patrimônio cultural nacional.

O presidente do Comitê Superior Eleitoral (CSE), Khalaf Al-Azzawi, afirmou que as subcomissões judiciais em todas as 14 províncias do país registraram um alto número de candidatos para as eleições legislativas, o que reflete o crescente interesse da sociedade no processo de reformas como opção para resolver a crise nacional, que foi exacerbada a partir do exterior.

Al-Azzawi manifestou à televisão síria que as eleições serão supervisionadas por comitês judiciais independentes que terão como instância máxima o Comitê Superior Eleitoral, que por sua vez formará subcomitês em cada província para atender as inscrições de candidatos e o registro do eleitorado.

Assinalou que os cidadãos terão a oportunidade de escolher livremente o deputado que considerarem que poderá oferecer os melhores serviços públicos e que tal eleição dependerá exclusivamente da consciência dos votantes. Expressou também sua esperança de que os eleitores escolham os melhores candidatos.

Depois de examinar a documentação dos aspirantes, o CSE anunciará os nomes dos aprovados e recusados, e estes últimos -assinalou- poderão objetar a decisão dos subcomitês provinciais.

Fonte: Prensa Latina