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Senado dos EUA protege interesses de grandes grupos petroleiros

Uma iniciativa governamental para eliminar subsídios a empresas petroleiras estadunidenses deverá ser reescrita pela Casa Branca depois de ser recusada por republicanos no Senado federal.

Em um voto de procedimento, o Senado recusou a discussão do projeto do presidente Barack Obama por 51 a 47 votos, apesar dos dois congressistas opositores — Susan Collins e Olympia Snowe — terem respaldado a iniciativa do presidente.

Os correligionários do chefe de Estado não conseguiram superar as diferenças em suas filas e quatro democratas — Mark Begich (Alaska), Mary Landrieu (Louisiana), Ben Nelson (Nebraska) e Jim Webb (Virginia) — votaram nesta quinta-feira contra a medida.

Obama tinha pedido ao Congresso que pensasse para benefício dos contribuintes em um momento no qual os preços da gasolina dispararam nos Estados Unidos e os grandes consórcios petroleiros ganham milhões sem necessidade de privilégios fiscais.

O Executivo apontou como exemplo a corporação Exxon, que embolsa 4,7 milhões de dólares a cada 60 minutos e também é um dos grupos beneficiados com os mais de dois bilhões de dólares em isenções fiscais federais.

Segundo o governante, a fraude e a manipulação de valores fizeram disparar o custo da gasolina e são os causadores do mal-estar no cidadão médio deste país desde o início de 2012.

A tendência nos preços dos combustíveis é um processo fora do controle do Gabinete Oval, mas para começar devemos diminuir os subsídios das grandes companhias petroleiras, remarcou.

Estas empresas estão ganhando mais dinheiro que nunca e o Congresso ainda lhes outorga milhões de dólares em contribuições a cada ano, isso é pouco compreensível, acentuou.

A representante republicana por Ohio, Cory Gardner, contestou que o chefe de Estado fala muito em um contexto de pouca ação, enquanto os valores do galão (3,78 litros) em vários estados alcançaram US$ 4,05, o mais alto custo desde meados de 2011.

Gardner recordou que sete emendas legislativas para compensar os preços da gasolina esperam pelo voto de um Senado controlado pelos democratas, e Obama não moveu um dedo para agilizar o processo.

Fonte: Prensa Latina