Copa 2014: Senado rejeita presença de Valcke no lugar de Blatter
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado rejeitou nesta terça-feira (3) a presença do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em audiência pública que discutiria a Copa de 2014, marcada para o dia 11 de abril.
Publicado 03/04/2012 18:13
Joseph Blatter, presidente da Fifa, se encontraria originalmente com os senadores no dia 11 de abril, mas anunciou na segunda-feira que Valcke seria seu representante. O ministro do esporte, Aldo Rebelo, então, alegou problemas de agenda e revelou que não participaria da audiência.
Nesta terça-feira (3) os senadores, integrantes da comissão, não aceitaram a proposta da Fifa de substituir o convite ao presidente da entidade, Joseph Blatter, pelo secretário-geral e preferiram adiar a audiência.
Segundo Júlio Linhares, secretário da comissão que debate a Lei Geral da Copa, o Brasil fez um novo convite para conversar com Blatter. A nova data para a reunião dependerá da disponibilidade do dirigente.
Justificativa
O senador Roberto Requião, presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado, justificou o cancelamento da audiência com Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa, marcado para a próxima semana. Segundo ele, Valcke merece receber um pontapé em suas “redondas abundâncias”.
“Não queremos escutar o porta-voz da Fifa. O requerimento que havíamos aprovado era para receber Blatter, e não este bedel da Fifa”, afirmou Requião. “Se dependesse de mim, ele (Valcke) receberia um pontapé em suas redondas abundâncias”. O parlamentar finalizou: "Se eu te convido para almoçar, não aceito que você mande o seu jardineiro em seu lugar".
As declarações de Requião ainda remetem às cobranças ao Brasil feitas no mês passado por Valcke sobre a preparação para a Copa do Mundo-2014. Na ocasião, o secretário-geral criticou o atraso na votação da Lei Geral e disse que o país precisava de um “chute no traseiro”.
Ministro do Esporte, Aldo Rebelo falou que o governo brasileiro não lidaria mais com Valcke em assuntos referentes ao Mundial, mas voltou atrás após pedido de desculpas do francês.
Com agências