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Após denúncias, chefe de gabinete do governo de GO deixa cargo

Depois de ter seu nome envolvido em suposta ligação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, a chefe de gabinete do governo de Goiás, Eliane Pinheiro, pediu exoneração do cargo ao governador Marconi Perillo (PSDB) na noite desta terça-feira (3). A possível ligação de Eliane com Cachoeira apareceu em relatório da Polícia Federal, que afirma que a chefe de gabinete recebeu informações sigilosas sobre operações policiais envolvendo o contraventor.

Na carta de exoneração, Eliane Pinheiro afirma que é vítima e que a imprensa é quem insiste em envolvê-la no caso. "A imprensa foi implacável e de todas as maneiras tentou me envolver, destacando as suas suspeitas em letras garrafais, no alto das páginas, e só corrigindo, após os meus esclarecimentos, em letras miúdas, em um canto qualquer das edições."

Segundo a ex-chefe de gabinete, a Eliane que aparece nas gravações não é ela. "Fui também vítima de um grande equívoco pela coincidência do meu nome com o de uma outra Eliane, que desconheço, e que protagoniza conversas telefônicas grampeadas na investigação", disse a ex-assessora na carta.

De acordo com a reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Eliane teria tomado conhecimento de informações sobre os alvos da Operação Apate, que investigou, em 2011, supostas fraudes tributárias em prefeituras do interior goiano. Cachoeira teria trocado uma série de telefonemas e mensagens de texto com a então chefe de gabinete, que seria, de acordo com conclusão da Polícia Federal, a responsável por informar o prefeito Geraldo Messias (PP), de Águas Lindas de Goiás, que é aliado de Perillo. Eliane teria, ainda, utilizado uma linha Nextel habilitada nos Estados Unidos, acreditando estar imune aos grampos da PF.

Fonte: Terra