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Grampos que flagraram Demóstenes são legais, afirma procurador

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta terça-feirae (3) que não há qualquer ilegalidade nas apurações da Polícia Federal que levaram à conexão entre o senador goiano Demóstenes Torres (ex-DEM) e o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Em nota publicada na imprensa, o advogado do senador disse que entrará com uma reclamação no Suprmo Tribunal Federal (STF) na próxima segunda-feira (9) pedindo a nulidade das provas. Segundo ele, Demóstenes tem prerrogativa de foro por ser parlamentar, sendo assim a Justiça Federal de Goiás deveria ter obtido autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para investigá-lo. 

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Para procurador-geral da República, essa declaração nada mais é do que uma estratégia que não terá respaldo no STF. Segundo Gurgel é normal “a defesa procurar socorrer-se daquilo que lhe parece, já que o mérito está cada vez mais complicado”.
Gurgel explicou que não há ilegalidade no trabalho da Justiça Federal em Goiás porque o senador não era o alvo da investigação, e sim Cachoeira. “Agora, o senador ligava com uma frequência imensa para Cachoeira, por isso há muitos áudios com o senador”.

Ele também garante que em nenhum momento foram iniciadas apurações a partir das falas de Demóstenes e que não houve ilegalidade na retenção do caso em Goiás por três anos. “Isso [a ilegalidade] se justificaria se a investigação tivesse avançado em relação a ele”.

Pedido de cassação

Ainda nesta terça-feira (3), Roberto Gurgel afirmou que não pedirá a cassação do mandato do senador Demóstenes por infidelidade partidária. [

O político deixou a legenda nesta terça-feira, pouco depois que o DEM decidiu abrir processo de expulsão devido ao envolvimento com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

De acordo com Gurgel, o interesse sobre o mandato do senador é puramente político e não está na seara de atuação do Ministério Público. “Esse é o típico caso que interessa ao partido, se ele [o DEM] não entende que deve pedir, não vai ser o MP que vai pedir”, disse o procurador ao chegar para a sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com agências