Lula Morais critica governos neoliberais

Durante sessão plenária, o deputado estadual Lula Morais (PCdoB) fez um balanço da história do Brasil mostrando que todos os períodos, desde a ocupação dos holandeses até a ditadura militar, contribuíram de alguma forma para o crescimento do País. No entanto, ressalvou que, com o neoliberalismo iniciado com Fernando Collor de Melo (1990-1992), o Brasil deu início a um processo de “desconstrução” e privatização do patrimônio nacional.

O parlamentar mencionou o livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que aponta supostas irregularidades nas privatizações ocorridas durante as gestões de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), com base em documentos públicos. O livro mostra ainda que amigos e parentes de José Serra mantiveram empresas em paraísos fiscais, movimentando milhões de dólares entre 1993 e 2003.

O comunista afirmou que com os dois governos neoliberais, o Brasil passou a viver um momento “de ferimento forte na nossa soberania”, tendo vários setores privatizados, como as telecomunicações, que “agrediram” o direito dos trabalhadores. “Eles reduziram e desqualificaram a relação do trabalho, produzindo mais injustiça, desemprego, e atingindo a auto-estima do Brasil.

Lula Morais lembrou que até a primeira frase do discurso de Collor e Fernando Henrique foi a mesma quando tomaram posse: “Aqui se inicia o fim da era Vargas”. “Ao dizer que estava findando a era Vargas, eles se referiam à redução do Estado brasileiro na economia, sugerindo que precisava se transformar o Estado num estado mínimo, sem interferência na economia”, observou.

O parlamentar ressaltou, no entanto, que após esse período de “desconstrução ideológica”, o cenário mudou. Para ele, a chegada de Lula, a partir de 2004, devolveu ao País “a capacidade de crescer e se desenvolver”. “Saímos da 24ª economia do mundo e, hoje, no campo da esquerda, estamos chegando na 6ª economia.

Em aparte, deputado Dedé Teixeira (PT) destacou a relevância do pronunciamento ao mostrar “uma mudança de paradigmas” com a era petista. “O Brasil começa a ser apontado como um país de futuro, se inserindo na política globalizante”, completou.

Fonte: Assembleia Legislativa do Ceará