EUA condenam Coreia do Norte e cortam ajuda alimentar

O acordo entre ambas as nações incluía o envio de 240 mil toneladas de alimentos, em troca do compromisso da RPDC de suspender suas atividades de enriquecimento de urânio, renunciar aos testes nucleares e ao lançamento de mísseis de longo alcance.

Pyonyang insistiu que o foguete continha um satélite para usos pacíficos, destinado à investigação e que seria lançado como parte das comemorações pelo centenário do fundador da nação, Kim Il Sung.

Washington, com o apoio da União Européia, Japão e Coréia do Sul, acusaram o governo norte-coreano de realizar um teste balístico encoberto.

O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Mark Toner, confirmou que a máxima representante dessa instituição, Hillary Clinton, se comunicou por telefone com seu homólogo sul-coreano, Kim Sung Hwan, e com o chanceler chinês, Yang Jiechi.

Clinton pediu ao ministro das Relações Exteriores da China que "utilize sua relação com a Coreia do Norte para expressar as preocupações sobre suas ações recentes".

Após este incidente, o acordo de ajuda alimentar ficou cancelado e agora o Associação Internacional de Energia Atômica (AIEA) deverá decidir se mantém ativa uma cláusula desse pacto pelo qual se dispunha a enviar observadores à Coreia do Norte.

Por sua vez, a Rússia recusou a possibilidade de aplicar sanções contra Pyongyang, depois da frustrada tentativa de pôr em órbita um satélite artificial e defendeu o direito dos norte-coreanos à investigação científica.

Os Estados Unidos, um dos principais críticos da RPDC, mantêm 28,5 mil soldados na Coreia do Sul, na chamada zona desmilitarizada , uma faixa de segurança de 238 quilômetros de longitude por quatro de comprimento que protege o limite territorial de trégua entre as duas repúblicas asiáticas.

Prensa Latina