Bahia gera quase 12 mil vagas de empregos no 1º trimestre de 2012

No acumulado dos três primeiros meses deste ano, a Bahia criou 11.809 postos de trabalho com carteira assinada. Esse resultado coloca o estado como líder na geração de emprego no Nordeste e na nona posição no ranking que classifica as unidades da federação segundo os seus respectivos saldos de emprego. A economia nacional totalizou 442.608 postos de trabalho formais, enquanto a região Nordeste teve um saldo negativo de 24.282 empregos.

As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

A Região Metropolitana de Salvador (RMS) criou 5.504 empregos com carteira assinada, o equivalente a 46,6% das vagas celetistas do estado entre janeiro e março deste ano. Já a participação do interior foi de 6.305 postos, ou 53,4% de todas as vagas abertas no período.

Na análise por setores, registraram os maiores saldos: serviços, com 9.087 vagas, a construção civil (3.188) e a agropecuária (1.014). No período, os únicos que apresentaram variações negativas foram indústria de transformação (-166) e comércio (-1.569) – nesse último, o subsetor comércio varejista foi o responsável pela eliminação de 2.074 postos de trabalho.

Para o secretário do Planejamento, José Sergio Gabrielli, esse resultado representa o dinamismo da economia baiana com a descentralização do desenvolvimento, uma vez que o interior gerou mais postos de trabalho do que a RMS. “Outro elemento importante é que a retração do comércio varejista representa um movimento sazonal, devido ao término do verão, e, portanto, não é significativo no médio prazo”.

Março

Entre os estados da federação, a Bahia figurou no mês de março deste ano entre os que mais criaram postos de trabalho (2.243). Na região Nordeste, além da Bahia, apenas Piauí (461) e Rio Grande do Norte (417 vagas) apuraram saldos positivos de emprego. Os outros estados da região contabilizaram saldos negativos da seguinte ordem: Sergipe (-88), Ceará (-1.587), Maranhão (-1.637), Paraíba (-3.421), Pernambuco (-8.186) e Alagoas (-21.032 vagas).

O Nordeste registrou no mês de março um saldo negativo de 32.830 postos de trabalho. Na avaliação para o Brasil, contabilizou-se neste mês um saldo de 111.746 postos.

O setor da construção civil apresentou o maior saldo da Bahia na análise mensal, com a geração de 2.647 empregos formais, cabendo a serviços o segundo lugar (2.299). Os setores que apresentaram saldos negativos mais expressivos foram agropecuária (-840), indústria de transformação (-911) e comércio (-1.194 postos de trabalho).

Municípios

Em março, Salvador (2.177), Feira de Santana (871) e Itamaraju (840) destacaram-se com os melhores desempenhos na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia. Os setores de serviços e da construção civil foram os mais dinâmicos em Salvador, respondendo por 1.335 e 1.098 vagas, respectivamente. Em Feira de Santana também foram os setores de serviços e da construção civil que apresentaram os melhores desempenhos, com 551 e 273 novos empregos, e em Itamaraju a agropecuária foi o setor que respondeu pelo maior saldo (802).

Entre os municípios que tiveram os menores saldos de emprego em março, destacam-se Itapetinga (-579), Porto Seguro (-389) e Maragojipe (-334 vagas). A retração dos empregos em Itapetinga foi determinada principalmente pelo saldo negativo relacionado às atividades do setor da indústria de transformação (-534 postos). Já em Porto Seguro, o setor de serviços foi responsável pela eliminação de 273 postos de trabalho. Em Maragojipe, o setor da indústria de transformação eliminou 317 postos.

Fonte: Secom Bahia.