Goiás vai instalar CPI para apurar rede de corrupção de Cachoeira

Ao mesmo tempo que foram protocoladas as assinaturas necessárias para a instalação da CPMI no Congresso Nacional para apurar a rede de corrupção do contraventor Carlinhos Cachoeira, outras duas comissões também são articuladas, uma no legislativo de Goiás e outra na Câmara Distrital de Brasília.

No Distrito Federal, os deputados devem instalar na próxima semana a CPI da Arapongagem, para apurar a existência de uma suposta central de espionagem no coração do governo Agnelo Queiroz (PT). A extensão da investigação será definida nesta quarta-feira (18) numa reunião. O presidente da Câmara Legislativa, deputado Patrício (PT), prometeu ler depois da reunião o requerimento da CPI.

Já em Goiás, foram protocoladas nesta terça-feira (17) as assinaturas necessárias para instalar uma CPI que vai apurar as relações de políticos, empresas e jornalistas do estado com o contraventor, que é natural de Anápolis e tem sua rede de corrupção atuando principalmente nas terras goianas.

O texto aprovado diz que o objetivo da comissão é investigar “possíveis ligações de políticos do Estado com práticas contraventoras e outras condutas ligadas ao crime organizado e ainda possíveis irregularidades em contratos firmados entre o Poder Público com a construtora Delta e a Gerplan entre os anos de 1995 e 2012.”

Nesta terça-feira, mais um membro do governador Marconi Perillo (PSDB) foi exonerado por relações com Cachoeira. Trata-se do presidente do Detran, Edivaldo Cardoso. Vários membros do primeiro escalão do governo tucano já desceram rio abaixo levados pelas águas de Cachoeira. Ligações telefônicas gravadas pela Polícia Federal mostram que Carlinhos Cachoeira nomeou vários membros do governo de Perillo.

De Brasília,
Kerison Lopes