Expropriação da YFP é aprovada por mais da metade dos argentinos
Pesquisas divulgadas neste final de semana na Argentina revelam que a decisão tomada pelo governo de Cristina Kirchner, de expropriar 51% das ações da YPF, é apoiada por ampla maioria no país. Os números variam de acordo com o instituto de pesquisa.
Publicado 23/04/2012 15:39
De acordo com o levantamento elaborado pelo Centro de Estudos de Opinião Pública (Centro de Estudios de Opinión Pública), 74% dos argentinos estão de acordo com a decisão governamental. Entre os 67,1% dos cidadãos que disseram conhecer os motivos da expropriação, 35,2% opinaram que a Repsol não fez os investimentos necessários e 33% consideraram que o Estado deve controlar os recursos nacionais estratégicos.
Pesquisa publicada pelo jornal Página/12 revela que mais de 60% dos argentinos creem que, nas mãos do Estado, a empresa “será bem administrada”, enquanto 60,9% consideram “negativa” a gestão da Repsol. Menos de 3% consideram que a YFP deve estar em mãos privadas, 23% que poderia ser administrada por capitais privados argentinos e 70% que a petroleira tem que ser controlada pelo Estado.
Por outro lado, o levantamento feito pelo instituto Poliarquía para o jornal argentino La Nación (que faz oposição ao governo de Cristina Kirchner), 62% dos argentinos aprovam a medida, enquanto 31% são contrários.
A pesquisa revela ainda que para 49% dos argentinos a medida terá efeito positivo sobre a economia. No entanto, 47% consideram que a expropriação deve ter impacto negativo sobre a imagem da Argentina no exterior. Para 44% dos argentinos, porém, a culpa da baixa produção petroleira é do governo; 36% atribuem a crise energética às empresas privadas.
Da Redação, com agências