Movimento Ocupar Wall Street convoca greve geral nos EUA

O movimento pacífico Ocupar Wall Street (OWS) convocou uma greve geral nos Estados Unidos que será acompanhada na terça-feira (1º/5) com marchas e concentrações contra o capitalismo em numerosas cidades norte-americanas.

Em razão do Dia Internacional do Trabalhador, os chamados indignados convidaram os trabalhadores e os estudantes a se somarem às mobilizações para protestar contra as políticas econômicas e bancárias que atentam contra os cidadãos mais pobres.

A convocação de OWS afirma que a demonstração tem o objetivo de denunciar os abusos financeiros dos setores mais ricos do país, contra os 99% da população prejudicada pelos males do capitalismo.

Desde setembro do ano passado, o grupo espontâneo de manifestantes tem protestado em uma dúzia de estados norte-americanos contra a corrupção do mercado global, o alto desemprego, os baixos salários e os impostos elevados para as classes sociais com menos rendimentos.

Organizadores da greve exortaram a seus seguidores a manter-se fosse do trabalho e escolas, e abster-se de gastar dinheiro em lojas ou comércios. "É um dia para voltar a ser humanos e passá-lo com familiares e amigos. É a melhor maneira de combater o sistema", indicaram.

Está previsto que vários sindicatos novaiorquinos e grupos de trabalhadores de justiça marchem nesse dia pela cidade, e o Ocupar Wall Street informou que as concentrações destacarão também a contribuição dos imigrantes aos Estados Unidos.

Desde o verão passado, quando começaram as marchas em Nova York, diferentes corpos de segurança dos Estados Unidos reprimem sem escrúpulos, mediante cassetetes ou gás pimenta, os partidários do movimento, resultando em centenas de pessoas encarceradas.

Do seu site oficial na Internet, a organização exortou seus simpatizantes a prosseguir os protestos: "Podem desalojar uma área, mas não podem desterrar uma ideia à qual lhe chegou seu momento de se multiplicar", destaca a declaração.

Durante quase 10 meses, os indignados estadunidenses levantaram-se para denunciar o sistema capitalista em Washington DC, Denver (Colorado), Los Angeles, Nova York, Newark (New Jersey), Atlanta (Georgia), e Oakland (Califórnia), entre outros importantes centros urbanos.

As manifestações populares começaram como uma réplica dos chamados indignados espanhóis e em protesto contra a avareza financeira corporativa, e o poder desmesurado dos grandes consórcios empresariais.

Em 17 de setembro de 2011, o OWS saiu às ruas para denunciar a crise econômica e política global, além do uso de dinheiro público para resgatar a bancos privados, que exploram segundo eles 99% da população norte-americana.

Fonte: Prensa Latina