Abbas pede que ONU apoie prisioneiros palestinos em Israel

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, reiterou nesta sexta (11) um chamado à ONU para que exerça mais pressão sobre Israel e salve a vida de prisioneiros palestinos em greve de fome.

Abbas assegurou que a liderança palestina está fazendo "tudo o que pode" para ajudar os cerca de 2 mil presos que iniciaram, em 17 de abril, o que chamam de batalha de estômagos vazios, para protestar pelas condições de seu encarceramento, em muitos casos sem acusações.

O mandatário da ANP recebeu, na quinta-feira, em Ramalah, o coordenador especial da ONU para o processo de paz em Médio Oriente, Robert Serry, e propôs-lhe a questão, coincidindo com um pronunciamento da missão observadora palestina em Nova York.

Ele solicitou que as justas demandas dos réus sejam atendidas, em particular as daqueles que enfrentam perigo iminente de morte, devido ao prolongado período sem ingerir alimentos e ao deterioramento progressivo de sua saúde.

A solidariedade com esses reclusos, distribuídos em várias penitenciárias do Estado sionista, tomou forma em uma declaração da reunião de chanceleres do Movimento de Países Não Alinhados, que ocorreu nas quarta e quinta-feira na cidade egípcia de Sharm Sheikh.

Por seu lado, o chefe da missão palestina na ONU, Riyad Mansour, solicitou em uma carta a vários órgãos da entidade mundial que se adotem medidas para forçar Tel Aviv a frear os atropelos sistemáticos contra palestinos sob ocupação.

A carta, divulgou em Ramalah a agência oficial palestina WAFA, descreveu como ilegal a detenção administrativa de palestinos nos territórios ocupados, um conceito manejado por Israel para manter enclausuradas pessoas sem acusações nem realização de julgamentos.

Assim, demandou que a comunidade internacional, inclusive o Conselho de Segurança e a Assembleia Geral, atuem urgentemente para forçar a potência ocupante a cessar suas práticas ilegais de detenção administrativa e violações dos direitos humanos.

Israel, acrescentou o texto, deve deixar de "afrontar a dignidade humana dos palestinos mantidos em suas prisões e centros de detenção, e atuar imediatamente para libertar todos os palestinos encarcerados ilegitimamente".

Um grupo defensor dos direitos dos prisioneiros assegurou, desde a Faixa de Gaza, que líderes dos réus em greve de fome se reuniram na quinta-feira com o pessoal administrativo do cárcere israelense de Nafha para exigir que cesse o uso de confinamento em cela solitária.

Fonte: Prensa Latina