Cineclube Avenida exibe documentário “Cascalho”

O documentário do cineasta baiano sobre a vida dos garimpeiros será exibido esta terça-feira 15/5, às 19h, no Cineclube Avenida (subsolo do Shopping Avenida, na Av. Dom Luiz, 300). A apresentação do filme será seguida de debate.

“Cascalho”, documentário em que o cineasta baiano Tuna Espinheira aborda a vida no garimpo e os sonhos dos garimpeiros, será exibido esta terça-feira, 15/5, no Cineclube Avenida, um espaço a mais para o audiovisual cearense, com a proposta de apresentação de filmes diferenciados. Como é característica do Cineclube Avenida, a exibição será seguida de debate.

“Cascalho” é uma adaptação do livro homônimo de Herberto Salles, publicado nos anos 30 e reeditado em 2010, quando do relançamento do filme em DVD. Filmado nas impressionantes paisagens de Andaraí (Lavras Diamantinas), “Cascalho” marca a estreia de Tuna Espinheira, veterano de mais de 20 curtas-metragens produzidos ao longo de décadas, em um longa-metragem.

“Nas Lavras Diamantinas, a corrida febril em busca das pedras preciosas atraiu toda espécie de gente, medusada pelo sonho delirante do diamante”, descreve o livro de Herberto Salles. “Entre estes os nossos personagens, os garimpeiros, que entregavam sua alma a Deus, naquela terra de ninguém. Sem lei e sem alma, movidos pela crença indômita de “bamburrar”, o mesmo que achar uma pedra de valor”.

“Cascalho”, de 104 minutos de duração, foi originalmente lançado em 2004. “O filme é uma oportunidade de saber mais sobre o universo dos garimpeiros, de conhecer melhor esses homens que se lançaram numa terra de ninguém, em busca do sonho de uma vida melhor, na grande aventura do garimpo”, comenta o cineasta cearense Francis Vale, diretor do Cineclube Avenida. “É também uma chance importante de maior contato do público cearense com o trabalho do cineasta Tuna Espinheira, que foi homenageado no II Festival Jericoacoara de Cinema Digital, em junho de 2011”, acrescenta Francis.

Tuna Espinheira

Baiano de Poções, Tuna Espinheira se considera “cineasta bissexto e documentarista por paixão”. “Acho que este gênero não tem fronteiras. Cabe tudo, o finito e o infinito”, vaticina, exemplificando: “Sebastião Salgado, com um único fotograma, consegue emocionar, documentar, contar histórias, perscrutar e analisar o real e o irreal! O que não é possível ao documentário?”.

Tuna reforça a condição de documentarista como a de quem tem uma missão irrevogável a cumprir. “Faço filmes como uma espécie de exorcismo, principalmente quando se trata de ficção. O roteiro é uma peça diabólica, se não for filmado vira uma tentação, uma assombração, alma penada. Noites e dias, nada afasta esta condição agônica. Exorcizar o script (filmando de qualquer maneira), ou penar no ossuário geral das utopias”.

O espaço

O Cineclube Avenida conta com modernos equipamentos de exibição digital. A sala de exibição, com capacidade para 70 pessoas, é climatizada e oferece excelentes condições técnicas para as apresentações de filmes e os debates. A programação do espaço conta com exibições quinzenais, com destaque para documentários, curtas-metragens e para a produção audiovisual cearense.

Fonte: Assessoria do Cineclube Avenida