Jornais negam cesta básica e gráficos aprovam greve

Os trabalhadores gráficos do setor de jornais e revistas decidiram, em assembleia realizada no início deste mês, pela paralisação das atividades. Cansados do descaso e do desrespeito dos patrões, os trabalhadores votaram por unanimidade pela greve no setor.

“São mais de cinco meses de negociações, onde os patrões apostam na desmobilização dos trabalhadores, faltam a reuniões e negam as reivindicações dos trabalhadores, sem nenhuma justificativa plausível”, disse o presidente do Sintigrace, Rogério Andrade.

Para Andrade, a CCT do setor já poderia ter sido acordada, mas a intransigência patronal em não conceder a cesta básica levou os trabalhadores a tomarem esta decisão. “A cesta básica já era para ter saído ano passado, mas o jornal O Povo não aceitou conceder. Este ano, novamente, o jornal O Povo tenta impedir essa conquista”.

O presidente afirma que a categoria não irá fechar a Convenção sem a cesta básica. Um trabalhador da Serval/DN, que solicitou não ser identificado, afirmou que “o aumento que os patrões estão oferecendo não chega a R$ 1,70 por dia. Sem a cesta básica e outras conquistas não vai ter acordo. Vamos ver se, sem jornal na rua, os patrões vão continuar nos desrespeitando”.

Segundo Rogério Andrade, o comunicado de greve já foi entregue ao presidente do Sindjornais, Mauro Sales, no último dia 7 de maio. No comunicado, os trabalhadores dão o prazo de 10 dias para os patrões se manifestarem sobre a proposta dos trabalhadores que pode impedir a greve. Os patrões têm até as 17h desta quinta-feira, dia 17 de maio, para se manifestar. "Caso contrário, a greve se instalará a qualquer momento, após este horário", avisa Andrade.

Fonte: Sindjorce