Direção nacional ameaça distritais do PPS

Agarrada ao governo tucano de Goiás, de Marcondes Perillo, envolvido nas denúncias do contraventor Carlinhos Cachoeira, a direção nacional do PPS quer livrar-se do apoio do partido ao governo do Distrito Federal. A direção nacional é aliada preferencial do PSDB e do DEM.

Direção nacional ameaça distritais do PPS - alessandro dantas/destak

Dia 17, o comando direitista do PPS anunciou que irá pedir de volta na Justiça Eleitoral o mandato dos dois deputados distritais do partido caso os parlamentares decidam se desfiliar por causa da decisão da Executiva Nacional que determinou a saída da legenda do governo Agnelo.
De acordo com os próprios deputados, contudo, não será necessário adotar a medida. Cláudio Abrantes disse que não é hora de tomar "decisões precipitadas" por causa do momento delicado pelo qual passa o partido no Distrito Federal, enquanto Luzia de Paula informou que ainda irá analisar e discutir com os dirigentes nacionais da legenda os próximos passos.
Intervenção
O PPS-DF está sob intervenção do comando nacional do partido após expoentes da legenda se recusarem a entregar os cargos no GDF, como determinou a Executiva Nacional. O colegiado também mandou os dois distritais do partido na Câmara deixarem a base do governo e passarem a integrar a oposição, mas o presidente do PPS no DF, Aldo Pinheiro, procurou amenizar a decisão ontem.
"Não seremos oposição ferrenha ao governo. Vamos sentar e conversar com eles para acertar um posicionamento. A princípio, eles têm de se afastar da base, mas isso não quer dizer que eles serão sempre oposição", contemporizou Pinheiro. Já o deputado federal , Augusto Carvalho, comentou que, se é por causa das denúncias envolvendo Carlinhos Cachoeira, seu partido deveria sair também do governo de Goiás.