Otan diz que abateu número dois da Al Qaeda
O comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) informou nesta terça (29) ter matado o homem apontado como o número 2 da rede Al Qaeda, no Afeganistão, o saudita Sakhr Al Taifi, também conhecido como Mushtaq Nasim. A informação foi divulgada em comunicado oficial nesta manhã.
Publicado 29/05/2012 14:53
Mushtaq Nasim era o responsável por liderar os combatentes estrangeiros e, segundo investigações da Otan, planejava os ataques a tropas internacionais e às forças afegãs. De acordo com o comunicado, ele foi morto por um disparo certeiro na província de Kunar, no Leste do Afeganistão.
Segundo a Otan, o saudita foi identificado como terrorista por transportar com frequência armas e equipamentos militares durante viagens entre o Afeganistão e o Paquistão.
No começo deste mês, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o objetivo da Otan é "vencer a Al Qaeda e impedir a reconstituição do grupo terrorista" no território afegão. As tropas norte-americanas, majoritárias na coalizão internacional, já eliminaram vários líderes rebeldes.
Porém, há informações de que vários integrantes da Al Qaeda conseguiram proteção no Paquistão, no Iêmen e na região do Sahel, na África.
O anúncio da Otan – que tenta apresentar o assassinato como algo positivo, uma espécie de troféu para a opinião pública – é mais uma tentativa de justificar a invasão ao Afeganistão, que já dura mais de dez anos.
Este tipo de "eliminação" de pessoas associadas à Al Qaeda é parte de uma estratégia norte-americana, apresentada pelo ex-presidente Goerge W. Bush ainda em 2001, em um discurso no qual ele prometeu "caçar" os responsáveis pelo ataque às torres gêmeas. Resta saber se é de fato este o papel que cabe a uma aliança militar ou mesmo a governos estrangeiros – caçar e abater.
A Otan é uma estrutura militar ofensiva, chefiada pelo imperialismo norte-americano, e que é responsável desde a sua criação por inumeráveis crimes contra a humanidade, como as recentes agressões contra a Iugoslávia, o Afeganistão, o Iraque e a Líbia.
Por meio desta máquina de guerra, o imperialismo tem promovido o aprofundamento da militarização das relações internacionais, agredindo povos e nações, com o objetivo de saqueá-las e dominá-las.
Com agências