Programa social do GDF será reformulado

O Governo do Distrito Federal constatou que 20 mil das 47 mil famílias contempladas pelo programa Nosso Pão, Nosso Leite estavam fora do perfil daqueles que realmente necessitam do benefício: famílias cujos integrantes apresentam renda de até R$ 140 ao mês.

Ou seja, recebiam de forma irregular. O problema foi identificado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest), que vem nos últimos meses organizando o cadastro de beneficiários dos programas sociais do DF.
Ainda havia mais de 10 mil famílias que recebiam o benefício sem ter dados cadastrais. Apenas obtinham o auxílio com a apresentação do nome, mas desacompanhadas de todos os comprovantes para atender aos critérios e atestavam o perfil socioeconômico do beneficiário. Sequer o endereço da pessoa era fornecido à Sedest. Esse volume de beneficiários apareceu na lista dois meses antes da última eleição. Quase 12 mil famílias, segundo a secretaria, deixaram de buscar o auxílio nos postos de distribuição nos últimos meses.
Reformulação
Para corrigir a distorção e conceder o benefício a quem realmente necessita, o programa passa por uma reformulação. Quem tem o direito ao auxílio, passa a receber uma suplementação do programa DF Sem Miséria, em complemento ao Bolsa Família, e que pode alcançar R$ 100 ao mês. Com esse valor, as pessoas poderão comprar o alimento no comércio de sua preferência e mais perto de casa.
As mudanças foram esclarecidas nesta terça-feira, no Palácio do Buriti, pelos secretários de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda, Daniel Seidel, de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Lúcio Taveira Valadão, e de Comunicação Social, Samanta Sallum. O corte dos benefícios indevidos equivale a R$ 1,3 milhão ao mês, que será redirecionado ao DF Sem Miséria. “É a correção de uma distorção. O governo está buscando garantir que o benefício chegue às famílias que realmente precisam”, destacou Samanta Sallum.
Para ter acesso à suplementação, recurso procedente do programa DF Sem Miséria, as famílias beneficiárias devem se recadastrar até 30 de junho. O mesmo vale para aquelas que nunca se cadastraram e se encontram no limite da pobreza ou da extrema pobreza. Basta ligar para o telefone 156 opção 5 e agendar horário de atendimento em um Centro de Referência da Assistência Social (Cras).