Taxa de desemprego na RMS teve aumento de 1,2% em abril
A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Salvador (RMS) teve um aumento de 1,2% em abril deste ano, em relação ao mês anterior, e passou a representar 17,5% da População Economicamente Ativa (PEA). No mês em análise, manteve-se o comportamento padrão, verificado em todo o país, de formalização das relações de trabalho (6 mil/0,5%), principalmente no setor privado (18 mil/2,3%), e queda no emprego em postos vulneráveis, como os dos autônomos (-12 mil/3,6%) e dos domésticos (-4 mil/2,8%).
Publicado 30/05/2012 18:28 | Editado 04/03/2020 16:18
Em termos absolutos, o contingente de desempregados foi estimado em 344 mil pessoas. Embora tenha sido registrada uma redução de 13 mil postos de trabalho, também houve uma redução de dez mil nos integrantes da PEA. O resultado foi captado pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em parceria com o Dieese, Seade e Setre.
Apesar do pequeno aumento na taxa de desemprego verificado em abril, o diretor de Estudos da SEI, Armando Castro, avaliou os aspectos positivos no resultado do mês. “A queda na ocupação se dá entre os autônomos, com mais intensidade nos setores de serviços e comércio, o que significa o encerramento de postos de trabalho precários que são mais intensivos no verão. Em contrapartida, foi observado nos últimos 12 meses um significativo aumento nos empregos de carteira assinada”.
A coordenadora do Dieese, Ana Margaret, destacou um comportamento padrão de queda no postos de trabalho nas análises mensais de março e abril: “São meses em que a atividade econômica não está totalmente aquecida, atenuando o estímulo da população a procurar espaço no mercado de trabalho, e consequentemente, diminuindo a pressão sob a PEA”.
Esse comportamento, para Margaret, é mais recorrente em postos menos estruturados, a exemplo dos autônomos e domésticos. “Mas existe outra possibilidade para a queda do emprego em ocupações mais vulneráveis. Há probabilidade de estarem sendo absorvidas pelo mercado formal, e se trata de um padrão nacional e constante desde a década de 2000”.
De acordo com a PED, entre os principais setores de atividade econômica analisados, houve decréscimo no comércio (7 mil/2,6%), nos serviços (7 mil/0,8%) e no agregado outros setores – que inclui serviços domésticos e outras atividades – (3 mil/1,8%). O crescimento nesse vetor ficou a cargo da indústria (2 mil/1,7%) e construção civil (2 mil/1,3%).
No mês de março, o rendimento médio real diminuiu em proporções iguais para os ocupados (1,2%) e para os assalariados (1,2%). No mesmo período, a massa de rendimentos reais apresentou uma redução para os ocupados (2,6%) e para os assalariados (1%).
Em 12 meses
Em relação a abril de 2011, a taxa de desemprego aumentou, ao passar de 15,7% para os atuais 17,5% da PEA. Dessa forma, o contingente de desempregados aumentou em 56 mil pessoas, como resultado do crescimento insuficiente do número de postos de trabalho (74 mil) em relação ao acréscimo da PEA (130 mil). Nos últimos 12 meses, o número de ocupados aumentou 4,8%, passando de 1.545 para 1.619 mil.
Entre os setores de atividade econômica analisados, o nível ocupacional decresceu apenas na indústria (19 mil/13,4%), elevando-se nos demais setores: na construção civil (27 mil/21,6%), no agregado outros setores, que inclui os serviços domésticos e outras atividades (27 mil/20,3%), no comércio (21 mil /8,6%) e nos serviços (18 mil/2%).
Conforme a posição na ocupação, o emprego assalariado cresceu (61 mil/5,9%), devido ao aumento do contingente do setor privado (92 mil/10,9%), visto que houve uma redução do trabalho assalariado no setor público (29 mil/15%).
O setor privado registrou um acréscimo no número de assalariados com carteira de trabalho assinada (83 mil/11,5%) e, com menor intensidade, entre os sem carteira assinada (9 mil/7,3%). Houve elevação nos contingentes de domésticos (14 mil/11,3%) e de autônomos (7 mil/2,2%), enquanto decresceu o do agregado outras posições ocupacionais, que incluem empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar (8 mil/12,1%) .
Na comparação com março de 2011, o rendimento médio real decresceu para os ocupados (5,3%) e para os assalariados (4,8%). Já a massa de rendimentos manteve-se relativamente estável entre os ocupados (+0,1%) e elevou-se para os assalariados (1,5%).
Fonte: Secom Bahia.