PT lança Haddad em evento com críticas a Serra

O PT lançou a pré-candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, em um evento marcado por críticas – diretas e indiretas – ao ex-governador José Serra (PSDB) e ao atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD). O próprio Haddad condenou o que ele chamou de "prefeitos de meio mandato" e o seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, classificou o tucano como um candidato “desgastado”. 

“Tem um candidato que já está desgastado. Nem sei porque ele quer ser candidato. Utilizou a cidade apenas como trampolim para ser governador. Achou que o governo era pouco, não completou o mandato e tomou uma tunda da companheira Dilma. E está desesperado porque o governador é o maior adversário dele aqui em São Paulo”, disse Lula.

O ex-presidente fez um histórico das vitórias e derrotas do PT na cidade para concluir que o partido não tem conseguido, até agora, ultrapassar o teto de 35% do eleitorado paulistano. Por isso, segundo Lula, o PT só terá chance de vitória com um nome novo, que consiga dialogar com outros setores.

“O objetivo é falar com os 15% ou 20% que não querem falar com o PT. Na minha opinião não são eleitores de esquerda. Não sei se são de direita. Então você tem a tarefa, Haddad, de juntar os diferentes”, afirmou Lula.

Já Haddad, em sua fala, também procurou apresentar-se como o "novo" e insistiu na vinculação com Lula e Dilma, nas críticas à gestão Kassab e a Serra, ainda que sem citar seu nome. “Temos uma prefeitura que despreza os pobres, ignora a classe média e engana os ricos. É o triste democratismo do infortúnio”.

Segundo ele, São Paulo teve "algumas das administrações mais medíocres de sua história", que não enfrentaram "os desafios no transporte, na saúde, na segurança, na educação e na moradia", disse o pré-candidato, referindo-se à administração de Serra e Kassab.

Ele explorou o fato de Serra ter abandonado a prefeitura com pouco mais de um ano de mandato. “São Paulo cansou de prefeitos de meio expediente e de prefeitos de meio mandato. Não sou alpinista político nem profissional de eleições. Jamais usarei a prefeitura como trampolim ou degrau de interesses pessoais”, discursou.

Além do ex-presidente, diversas lideranças petistas como o ex-ministro José Dirceu e quatro ministros participaram do evento.

Com agências