Sul-coreanos ofendem dignidade nacional da Coreia do Norte

O Estado Maior Geral do Exército Popular da República Popular Democrática da Coreia enviou nesta segunda-feira (4) um ultimato ao que chama de “bando de traidores sul-coreanos” que ofenderam a dignidade e tentaram danificar a imagem da Coreia do Norte.

O comunicado assinala que em Pyongyang, capital da revolução coreana, realizam-se solenemente os festejos do 66º aniversário da fundação da Organização de Crianças da Coreia. “Esse grande festival político da infância não tem precedentes na história da nação coreana”, afirma o documento.

Do evento participam 20 mil delegados convidados provenientes de todas as regiões do país, inclusive os povoados montanhosos e ilhas distantes.

O texto sublinha que isto se deve a que o atual dirigente do país, comandante supremo do Exército Popular da Coreia, Kim Jong Un, dá continuidade às concepções de Kim Il Sung e Kim Jong Il, considerando as crianças “os reis do país”.

Segundo o comunicado, o festival despertou a atenção e a admiração do mundo, diante do que o governo sul-coreano de Lee Myung Bak passou a se dedicar a “envenenar o clima desses atos festivos”.

Por instigação do “bando de traidores de Lee Myung Bak”, diz o texto dos norte-coreanos, os jornais Chosun Ilbo e Choongang Ilbo, e rádio A Channel de Dong-A Ilbo, as redes de TV KBS, CBS, MBC, SBS e outros meios de comunicação começaram a fazer desde o dia 29 de maio uma campanha demagógica a respeito dos festejos, fazendo críticas com o propósito de desonrar a imagem e difamar a dignidade da República Popular Democrática da Coreia, chegando a comparar os festejos nesse país com os que Hitler promovia na Alemanha nazista.

Mas o comunicado norte-coreano lembra que quem foi comparado recentemente a Hitler foi precisamente o presidente sil-coreano Lee Myung Bak, pela própria população que o chamou de "Hitler Lee" durante uma manifestação em que se fez uma queima simulada de sua imagem.

A provocação sul-coreana despertou a indignação entre os oficiais e soldados das forças armadas norte-coreanas, que estão exigindo um pedido de desculpas ou o castigo a essas publicações.

Com informações da Embaixada da República Popular Democrática da Coreia no Brasil