Reação regional contra golpe no Paraguai é destacada na Venezuela

A América Latina, neste tempo de mudanças e reafirmação de sua independência, rechaçou o golpe de Estado que destituiu o presidente paraguaio Fernando Lugo, conforme ressaltaram nesta terça-feira (26) na Venezuela.

O líder do Parlamento Latino-americano (Grupo Venezuela), Rodrigo Cabeças, assinalou que todas as repúblicas da região, independentemente de suas tendências ideológicas, convocaram seus embaixadores para analisar o tema.

Manifestou sua segurança em que a União de Nações Sul-americanas, que na próxima sexta-feira debaterá essa ruptura da ordem constitucional, entrará em acordo acerca de sanções contra o governo instalado no Paraguai, após o julgamento sumário do parlamento contra Lugo.

O ex-presidente tinha um mandato popular, foi o povo desse país o que o elegeu, relembrou o deputados em declarações ao canal Venezuelana de Televisão.

Qualificou como muito firme a posição da administração de Hugo Chávez, que rechaçou de modo categórico o golpe levado a cabo pela oligarquia ao Chefe de Estado legítimo e suspendeu o envio de petróleo para essa nação.

Na última sexta-feira, Chávez qualificou como ilegal e ilegítimo o novo governo de Assunção, e disse que o fato constituía uma tentativa de frear o processo de mudanças nesse país, e dividir os governos da área.

"Essa burguesia ajoelhada aos interesses do império (Estados Unidos) derrubou de maneira ilegal o presidente legítimo, sem dar-lhe direito à defesa, de um dia para outro a sentença estava já elaborada", denunciou.

O ex-vice-presidente Federico Franco assumiu na sexta-feira passada a presidência do Paraguai após a deposição de Lugo, acusado de um suposto mau gerenciamento, o que gerou uma rejeição generalizada na região.

Fonte: Prensa Latina