Riacho Fundo usa energia solar para iluminação pública

Tema de debates em todo o mundo, a sustentabilidade ocupa, atualmente, o topo da lista de prioridades de muitos gestores públicos.

No Distrito Federal, a Administração do Riacho Fundo I encontrou, há cerca de dois meses, uma solução inovadora para utilização de energia limpa na iluminação da cidade. Em fase experimental, o projeto prevê o uso de energia fotovoltaica nos postes de iluminação.
Por meio de placas de quartzo e silício, a energia solar é captada e armazenada durante o dia em um capacitor. À noite, um sensor detecta a ausência de luz e libera a energia acumulada. "Inicialmente, a implementação da tecnologia fotovoltaica será feita em locais com maior fluxo de pessoas, mas a novidade já repercutiu de forma favorável entre os moradores da cidade", destacou o administrador da cidade.
Até o momento foram instalados 12 postes em seis pontos de ônibus. Cada um teve custo de R$ 3,2 mil. A tecnologia, no entanto, possui vantagens que superam o ônus financeiro. Os equipamentos são importados e possuem garantia de 25 anos. Ao longo desse período, necessitam de poucos serviços de manutenção.
As lâmpadas são de led, têm vida útil de 40 mil horas e capacidade de emitir luz por até 10 horas. A sugestão da tecnologia partiu do engenheiro e diretor de Obras da Administração, Walter Pfrimer. "Esses postes são uma mini usina independente. É uma energia limpa que se paga em longo prazo com a economia e os benefícios ambientais. Ainda é cara, mas acredito que daqui a alguns anos custará em torno de R$ 800", afirma o administrador.
Tecnologia
O diretor de Obras da Administração, descobriu as placas de quartzo e silício durante um curso de controle de poluição ambiental. Amplamente difundida em países como Alemanha e Espanha, a tecnologia também é utilizada na Universidade de São Paulo (USP) e é 100% limpa.
Em Brasília, onde a incidência de sol favorece o uso da energia fotovoltaica, o investimento é sólido. Para dias nublados ou chuvosos, as placas funcionam com reserva de até três dias. "Hoje a grande vantagem é a sustentabilidade da tecnologia. É o futuro. Não tem como fugir disso", finaliza .
Melhorias – Proporcionar qualidade de vida, estimular a consciência ambiental e promover a cidadania são os objetivos das obras no Riacho Fundo, segundo o administrador. Além da instalação da nova tecnologia, os bancos dos pontos de ônibus receberam pintura acrílica e aumento do contra piso. Também foi construído piso tátil para deficientes visuais e rampas de acesso para cadeirantes.