Irã anuncia detenção de autores de atentados
A detenção de todos os implicados nos recentes atentados fatais contra vários cientistas nucleares iranianos foi anunciada nesta quinta-feira (28) por meio de um sucinto comunicado do Ministério de Inteligência da República Islâmica.
Publicado 28/06/2012 16:58
Os suspeitos foram presos graças à coleta de informação dentro e fora do país "e a investigação das confições dos acusados por esses crimes", especifica a nota, difundida através da agência de notícias IRNA, que reflete os pontos de vista das autoridades.
Um texto similar no qual anunciava a detenção de alguns suspeitos dos ataques do final do ano passado e início do atual contra três cientistas vinculados com o programa de desenvolvimento nuclear iraniano, impugnado pelas potências ocidentais, foi difundido dias atrás pela mesma fonte.
Os terroristas que atentaram contra a vida de Fereydoun Abbasi, diretor da Agência de Energia Atômica do Irã, também foram detidos, precisa o comunicado oficial.
As autoridades iranianas culpam os Estados Unidos e Israel de organizar atos letais de terrorismo contra seus cientistas para atrasar o avanço de seu programa atômico, considerado vital para seus planos de desenvolvimento econômico.
Também declararam que no princípio desse ano inspetores do Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) identificaram os especialistas cujas mortes poderiam atrasar os projetos nucleares iranianos.
A disputa em torno do tema atômico foi exacerbado pela aplicação de crescentes sanções econômicas e políticas contra a República Islâmica pelas potências ocidentais, apesar de que ambas as partes estão envolvidas em conversas para solucioná-los.
O Irã, que desmente intenções militares, reivindica seu direito ao domínio da técnica atômica e conseguiu com seus próprios recursos progressos substanciais nesse campo, apesar das pressões dos Estados Unidos e dos membros da União Europeia (UE).
Duas semanas atrás o presidente russo, Vladimir Putin, expressou sua certeza no sentido de que o Irã não tem intenções de construir armas de extermínio em massa, como alegam Washington e a UE.
Fonte: Prensa Latina