Estados Unidos elevam tensão no Golfo Pérsico

O anúncio de que as forças armadas dos Estados Unidos reforçarão sua presença intromissora na região do Golfo Pérsico elevou a tensão na área. O jornal nova-iorquino The New York Times afirmou em artigo que os Estados Unidos reforçam sua intromissão militar na área com medo de que o Irã bloqueie a passagem pelo Estreito de Ormuz, cujas águas territoriais pertencem em parte ao país persa.

Os Estados Unidos ameaçam retaliar o Irã caso considerem que não terão mais controle das ações no Estreito. Segundo a mídia americana, o Irã tem ameaçado "fechar" o Estreito, como uma retaliação às sanções e à crescente pressão que sofre contra seu programa de energia nuclear, que os Estados Unidos e seus satélites consideram de teor militar.

Após o estabelecimento de sanções contra o Irã, cerca de 120 parlamentares iranianos assinaram um projeto de lei que permite proibir a passagem pelo estreito dos petroleiros dos países que realizam as sanções. A ameaça não se cumpriu e vários representantes dos poderes civis e militares iranianos negaram que o bloqueio venha a ser realizado.

Apesar disso, o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, tornou a repetir que Teerã não cederá às pressões contra o programa nuclear iraniano.

As sanções ocidentais ao petróleo "são as mais duras já impostas ao Irã, mas os inimigos que acreditam que podem nos enfraquecer estão errados", declarou diante de membros dos serviços de inteligência.

Aproveitando exercícios militares de rotina realizados pelo país persa, os Estados Unidos levantaram o tom e prometem retaliar o Irã com força militar caso os petroleiros dos países que realizam sanções sejam impedidos de trafegarem pelo Estreito de Ormuz.

Israel e os Estados Unidos já mencionaram em diversas oportunidades nos últimos meses a possibilidade de atacar as instalações nucleares iranianas se o país não aceitar as imposições feitas pela dupla contra o programa de energia nuclear.

As discussões foram retomadas em abril, depois de terem ficado suspensas por 15 meses graças ao abandono e negligência da parte americana. As as três rodadas de negociações realizadas até agora não apresentaram resultados, devido às condições impostas pelos Estados Unidos, que só aceitam o fim do programa de energia nuclear, sabedores de que o Irã não cede em usar seu direito de desenvolver esse tipo de energia.

Do Portal Vermelho, com agências