Ahmadinejad incentiva maiores relações entre Irã e Iraque

O presidente Mahmoud Ahmadinejad destacou nesta sexta (6) a importância de impulsionar relações amigáveis entre o Irã e o Iraque, no contexto da visita a Bagdá do ministro de Justiça, Morteza Bakhtiari, para expandir a cooperação judicial.

Ahmadinejad manifestou essa disposição em uma carta enviada, através de Bakhtiari, ao premiê iraquiano, Nouri Al-Maliki, que recebeu-o na capital do país vizinho na quinta-feira, segundo noticiou o canal de televisão iraniano IRIB.

Durante as conversas, foram abordados temas de interesse regional e internacional, assim como assuntos bilaterais, entre eles a revisão dos casos de iranianos presos em cárceres iraquianos por acusações a princípio ilegais na nação dos presos, a fim de libertá-los.

O Irã e o Iraque, ambos com população predominantemente muçulmana xiita, também chegaram a entendimento sobre a ampliação de acordos judiciais assinados em abril deste ano para extraditar criminosas e repatriar condenados a seus países de origem.

O intercâmbio de visitas ministeriais, entre elas as dos respectivos chanceleres, e conversas entre os presidentes Ahmadinejad e o iraquiano, Jalal Talabani, provaram a evolução satisfatória das relações entre as duas nações muçulmanas.

Ditos vínculos tornaram-se mais estreitos após a derrubada do presidente Saddam Hussein pelas tropas estadunidenses, que invadiram o país árabe em março de 2003, apesar de existirem discordâncias em temas pontuais sobre os Estados Unidos.

No âmbito econômico e comercial, empresários privados e estatais iranianos mostraram grande interesse em aproveitar as oportunidades de negócios e investimentos imperantes agora no Iraque, uma nação devastada por mais de oito anos de guerra, ocupação estrangeira e violência.

Estes dois países já se enfrentaram numa sangrenta guerra, que durou oito anos (1980-1988), denominada de Guerra Imposta, por ter sido fomentada por Washington para tentar derrocar a então nascente Revolução Islâmica que apartou do poder o Shah da Pérsia.

Inclusive, como parte da aproximação, Teerã e Bagdá trocaram de 1996 a 2011 restos de soldados mortos naquele conflito – 2.229 corpos iraquianos e 1.473 iranianos.

Dados oficiais situam em um milhão a cifra de mortos, 60 por cento deles oriundos do país persa, assim como em quase dois milhões os feridos e numerosas perdas materiais.

Fonte: Prensa Latina