Síria está pronta para enfrentar ataque contra sua soberania

Durante vários dias, militares sírios realizaram manobras e exercícios com fogo real na região mediterrânea do país, nas quais participaram formações terrestres, aéreas e navais, e nas quais se observou o uso de modernos meios técnicos para enfrentar um suposto ataque hostil.

O general Dawud Abdalla Rajha, vice-primeiro-ministro e ministro de Defesa, em declarações citadas pela televisão local e a agência síria de notícias Sana, elogiou a perícia dos combatentes antiaéreos, para cumprir com a defesa do território nacional.

Enquanto, prosseguem os confrontos entre forças governamentais e bandas armadas apoiadas do exterior a escassos dias do início do Ramadã, mês de jejum muçulmano, cuja observação começa em 19 de julho.

Nesse contexto, forças sírias repeliram ontem várias tentativas de grupos armados de adentrar-se no país através da fronteira com Líbano e Turquia, registrando-se a morte de vários irregulares e a apreensão de suas armas.

Os grupos armados atacaram postos fronteiriços nas zonas de Jesser Quimar e Jesser Abu Sweid, e no cruzamentos de Harmoush, Armouta, Arida, Noura e Al-Dalieh, na província de Homs, a 162 quilômetros ao norte da capital, e foram rechaçados pelas forças sírias.

Em uma área rural de Yiser Al Shugur, cerca da localidade de Kherbet Al Yoz, foi abortado outra tentativa de infiltração de um grupo proveniente da Turquia, com saldo de um ferido e a apreensão de armamentos.

Em meio à crise, uma fonte da chancelaria da Rússia desmentiu relatórios difundidos por meios de comunicação sobre o envio de navios militares desse país para a Síria, versões recorrentes nas últimas semanas.

Simplesmente são risíveis para nós os rumores que aparecem nos meios de comunicação sobre uma suposta navegação de barcos russos que carregam a unidades de desembarque para a Síria, declarou o ministério russo.

A saída de várias unidades navais da frota russa do Mar do Norte responde à realização de exercícios previamente programados e não têm nada que ver com a crise síria, agregou.

Não obstante, meios de imprensa escrita e televisiva destacam aqui declarações do ministro russo de Defesa, Anatoly Serdukov, ao reiterar a posição de Moscou de apoiar uma solução pacífica e que, destacou, não aceitarão nenhuma intervenção externa nos assuntos desta nação do Levante.

Por outra parte, o enviado especial da ONU e Liga Árabe, Kofi Annan, concluiu sua viagem por Síria, Irã e Iraque, reiterando o chamado à negociações entre Damasco e os grupos armados para pôr fim à violência, algo que rechaçam os fragmentados grupos opositores sírios.

Espera-se que nesta quarta-feira Annan informe ao Conselho de Conselho de Segurança da ONU de sua viagem por esta região do Oriente Médio.

O ex-diplomata ganês manifestou seu convencimento de que o órgão executivo da ONU decidirá as medidas que se impõem e a sorte da missão de observação na Síria, cujo mandato expira em 21 de julho.

Fonte: Prensa Latina