CPI do Cachoeira: Corregedoria do MP investiga Demóstenes Torres

Depois de publicada a cassação do ex-senador Demóstenes Torres, a Corregedoria Geral do Ministério Público do Estado de Goiás instaurou nesta sexta-feira (13) reclamação disciplinar para apurar possível falta em relação ao cumprimento de suas funções como procurador do MP-GO.

O procedimento, de acordo com a corregedoria, foi iniciado após fatos revelados pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, sobre a máfia de jogos ilegais em Goiás e outros Estados. Em nota, o MP informa que o procedimento tem "caráter sigiloso e visa a coleta criteriosa de elementos seguros para delimitar o objeto da apuração".

Inicialmente, foram solicitados documentos ao Senado Federal e à Procuradoria Geral da República para a apuração de possível falta funcional. Demóstenes Torres pediu abono de cinco dias, para só então recomeçar os trabalhos no Ministério Público estadual e responder a estes e outros questionamentos.

Conheça o caso

A cassação de Demóstenes aconteceu na última quarta-feira (11). Foram 56 votos a favor da cassação, 19 votos contra, 5 abstenções e 1 ausência. Eram necessários 41 votos para que a cassação fosse aprovada.

Com isso, o ex-líder do DEM fica inelegível até 2027 (oito anos após o fim da legislatura para o qual foi eleito), quando terá 66 anos.

Além disso, ele perde o foro privilegiado e seu processo poderá deixar de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal para ser julgado apenas pela Justiça Federal de Goiás.

O ex-senador reassumiu seu cargo de procurador em Goiás e afirmou, no dia da cassação, que vai recorrer ao Supremo para reaver seu mandato.

Fonte: UOL