No Chile celebrarão os 70 anos de Gladys Marín

Para este dia, os dirigentes e militantes do Partido Comunista e de outras organizações políticas e sociais farão uma romaria no Cemitério Geral de Santiago em tributo à reconhecida exponente da esquerda latino-americana.

Nascida na região do Maule, ingressou às Juventudes Comunistas e como secretária geral apoiou ativamente a campanha presidencial de Salvador Allende (1970-1973) e posteriormente as tarefas do governo da Unidade Popular.

"Quando se consolida a Unidade Popular e Salvador Allende é proclamado como candidato presidencial, a juventude chilena, com Gladys à frente, se converte em protagonista de seu tempo", detacou site chileno Red Diario Digital.

Obrigada a exilar-se depois do golpe militar de 11 de setembro de 1973, Marín testemunharia dois anos mais tarde ante a 3ª Sessão da Comissão Internacional de Investigação dos crimes da Junta Militar em Chile, no México.

Seu esposo, Jorge Muñoz, que era membro da Comissão Política do Partido na clandestinidade, é detido pela polícia secreta de Augusto Pinochet (1973-1990) em 4 de maio de 1976. Marín conhece a notícia enquanto encontra-se na Costa Rica, em atividades de solidariedade ao Chile. Até os dias de hoje não se sabe seu paradeiro.

A dirigente revolucionária regressa a seu país clandestinamente em 1978 para dirigir a Equipe de Direção Interior do Partido Comunista, organização da que foi eleita secretária geral em 1994 e presidenta em 2002.

"Ser comunista é entregar-se a uma causa, é pensar que a vida vale a pena vivê-la intensamente. Ou o faz individualmente ou para todos", afirmou em uma oportunidade.

A também ex-candidata presidencial da esquerda ponderou assim o valor da solidariedade internacionalista com povos do mundo como Vietnã, Nicarágua, Venezuela e Cuba.

Gladys Marín faleceu no dia 6 de março de 2005, após lutar contra um câncer cerebral detectado um ano e meio antes de seu falecimento.

Com Prensa Latina