Maioria dos norte-americanos apoia cortes de gastos militares

A esmagadora maioria dos norte-americanos apoia cortes nos gastos de defesa. É o que mostra uma pesquisa recente divulgada nos Estados Unidos.

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Setenta e quatro por cento dos cidadãos ligados ao lado republicano e 80 por cento das pessoas que se identificam como democratas são a favor de cortar o orçamento do Pentágono, segundo a pesquisa do Centro Stimson, do Centro para a Integridade Pública e do programa de Consulta Pública.

O estudo descobriu que entrevistados de bairros que recebem altos percentuais de financiamento por estarem ligado ao setor militar têm critérios mais ou menos semelhantes a aqueles distritos menos vinculados aos orçamentos do Pentágono, informou o site digital US News and World Report.

Três quartos dos entrevistados beneficiados com esses montantes defenderam a redução, destacaram os autpres da pesquisa. Em geral, não houve correlação estatística entre o nível de gastos com defesa em um distrito e o nível de apoio para cortes militares, disse ele.

A pesquisa sugere que os eleitores republicanos estão muito mais dispostos do que os seus representantes no Congresso a cortar o orçamento do Pentágono, a publicação disse.

O Pentágono planeja cortar 259 bilhões de dólares em gastos nos próximos cinco anos e cerca de 487 bilhões em uma década, de acordo com o plano de corte do déficit acordado por democratas e republicanos.

Em novembro de 2011, um super-comitê bipartidário fracassou ao tentar reduzir o orçamento federal em até 1,2 bilhões de dólares que implicará, se não se chegar a um acordo, em outra divisão de quase 500 bilhões de dólares dos montantes para o setor militar em janeiro de 2013.

Os integrantes do chamado partido vermelho se opõem a essa possibilidade.

Executivos da indústria de defesa e seus aliados no Capitólio têm tentado conter as reduções orçamentárias do chamado complexo militar industrial ao advertirem que poderiam eliminar até um milhão de postos de trabalho em um só ano, num momento em que o país sofre com o desemprego galopante.

No entanto, o próprio presidente Barack Obama disse, em 5 de janeiro passado, que Washington manterá um orçamento de defesa maior que a soma dos 10 países que lhe seguem em magnitude nesta área.

Fonte: Prensa Latina