Venezuela reforça poder do Mercosul, diz chanceler

O chanceler venezuelano Nicolás Maduro qualificou como natural o ingresso da Venezuela no Mercosul dada a relação e integração que esse país vem mantendo com as nações do bloco. Assegurou que essa incorporação permitirá fortalecer e consolidar o processo progressista na região.

Maduro assegurou nesta quarta-feira (25) que com a incorporação da Venezuela ao Mercosul se conformará “um poderoso bloco econômico" que permitirá alcançar a meta da diversificação econômica e financeira em igualdade com nossos irmãos do bloco regional.

"A Venezuela se incorpora com sua força energética, petroleira e agora petroquímica", declarou Maduro, em entrevista para a Venezolana de Televisión (VTV).

Ele qualificou como natural o ingresso da Venezuela no Mercosul porque "nós desenvolvemos um tipo de relação com os membros do bloco, com Brasil e Argentina, que nos levou a um patamar acima, temos uma relação conjunta que torna natural a integração da República Bolivariana".

O comércio entre Venezuela e os países da região se elevou de 2 bilhões de dólares em 2006 a 8,5 bilhões de dólares em 2011.

Maduro comentou que o Mercosul "é um projeto que nasceu para seguir na direção da integração sul-americana, a uma integração econômica, a um crescimento conjunto e de complementariedade. É um projeto intra-sul-americano para poder enfrentar este mundo", diferente da ALCA (Área de Livre Comércio das Américas) "um projeto pensado pelas elites dominantes dos Estados Unidos para controlar as economias de nossos países".

Para o chanceler venezuelano, os países que integram o Mercosul "são progressistas e integracionistas" e "a integração desta Venezuela Bolivariana, liderada pelo presidente Hugo Chávez, irá permitir que os processos de consolidação e integração avancem bastante no que resta desta década".

Havia seis anos que a Venezuela, embora tenha pleiteado, não podia acessar como membro pleno do Mercosul, devido principalmente à postura da bancada do conservador Partido Colorado no Senado do Paraguai, embora os congressos do Uruguai, Argentina e Brasil já tivessem aprovado seu ingresso pleno.

No próximo dia 31 de julho, o presidente Chávez estará em Brasília para assistir à incorporação da Venezuela ao Mercosul como membro pleno do bloco.