Delegação do PCdoB participa de agenda política na China

Terminou nesta quarta (25) a primeira etapa da visita "Pesquisa de Estudos à China" da delegação brasileira, convidada pelo Partido Comunista Chinês (PCCh). A delegação foi composta por 11 membros, representando três partidos (PCdoB, PT, PSB). Do PCdoB participaram Fredo Ebling, Raimunda Leone, Zito Vieira e Nivaldo Santana, chefe da delegação do Partido.

A delegação chegou à China no domingo (22) e teve uma intensa agenda política e cultural. Na agenda temática foram abordados temas como as relações sino latino-americanas, os êxitos e as experiências da reforma e abertura ao exterior da China, as situações político-econômicas do Brasil e da América Latina e, finalmente, o processo de desenvolvimento e as concepções de governo do PCCh.

Os chineses destacaram que é necessário lutar pela existência pacífica dos países como premissa para o progresso e um mundo harmonioso. Defenderam a independência e autodeterminação dos povos. Eles afirmaram que mantêm relações com mais 700 partidos e organizações em 160 países.

Desde 1978, com a reforma e abertura a China tem crescido em média 10 % ao ano. Apesar disso, ainda persistem grandes desafios, como o fato de existir 150 milhões de pobres e 10 milhões sem acesso a energia elétrica, além da necessidade de gerar 24 milhões de empregos todo ano. Mesmo com a crise econômica no mundial, mantém uma meta de crescimento de 7% a 8%, sem abrir mão do processo de industrialização.

Está em curso uma reorientação econômica no sentido de fortalecer o mercado interno em vez da política de alto investimento e exportação. A liderança chinesa valoriza a relação com o Brasil que hoje já é o 9º parceiro comercial da China.

Os chineses afirmaram que estão construindo o socialismo com peculiaridades chinesas, priorizando o desenvolvimento das forcas produtivas. Reafirmaram que são um partido do proletariado e seguem a orientação marxista. O processo complexo de construção do socialismo exige distintas fases e nas condições concretas da China, já que se procura um equilíbrio entre o Planejamento Estatal e ação do mercado. O fio condutor dessa política coloca os interesses do povo em primeiro lugar, daí a necessidade de um protagonismo crescente das massas no debate e na solução dos problemas.

Ao lado dos debates teóricos a agenda incorporou a visita às instalações do Centro Olímpico de Pequim, a Praça Celestial e relíquias históricas como a Cidade Proibida e a Grande Muralha da China, símbolos da saga histórica da milenar civilização chinesa.

Da China,
Zito Vieira, especial para o Vermelho