Abertura dos Jogos Olímpicos faz Londres palpitar

A abertura dos 30º Jogos Olímpicos, na tarde de sexta-feira (27), em Londres, inundou a cidade com figurões do esporte e também das artes.

Jogos Olímpicos Londres

Ausente o tapete vermelho e os vestidos de luxo, nada melhor que tropeçar com Roger Federer, Kobe Bryant, Usain Bolt ou Michael Phelps para compreender que os 30º Jogos Olímpicos têm razões para palpitar.

Não é o Festival de Cannes, nem a cerimônia dos Oscar. Há muitos protagonistas que encaixariam no perfil da sétima arte, mas 100% dos esportistas gostam de mostrar seus uniformes de competição quando estão perante os holofotes.

"Às vezes podemos passar anos sem viver em absoluto, e de repente toda nossa vida se concentra num só instante", dizia o dramaturgo e novelista irlandês Oscar Wilde, uma citação que cai como luva na atualidade londrina.

Para além das luvas e falando de anéis, além dos cinco olímpicos pendurados de modo impactante sobre o rio Tâmisa na gigantesca ponte levadiça do London Bridge Tower, os britânicos fantasiam com o Senhor dos Anéis para a cerimônia inaugural.

E aterrissam com Harry Potter, James Bond, Sherlock Holmes e os Beatles, junto a um rosário de eventos sob a ótica do realizador Danny Boyle.

O assunto é que enquanto o protocolo vai aumentando com a chegada de numerosos chefes de Estado ou governo – entre eles a presidenta do Brasil, Dilma Roussef, como anfitriã no Rio de Janeiro 2016 – os fãs estão à beira da histeria.

Não é todo dia que andam em um mesmo território o astro suíço do tênis Federer, o relâmpago jamaicano Bolt, os fora-de-série do basquete Bryant e LeBron James, e o maior medalhista da história, Phelps, os últimos três estadunidenses.

Outros que ainda não se deixaram ver, como o cubano Dayron Robles, o chinês Liu Xiang e o estadunidense Aries Merrit, a priori os astros dos 110 metros com obstáculos.

Neymar, o brasileiro que marcará época no futebol, Teddy Riner, cinco vezes monarca mundial dos superpesados do judô e aposta da França, os tenistas Novak Djokovic (Sérvia), Andy Murray (Grã-Bretanha) e María Sharapova (Rússia) passearão pelo firmamento.

Sem trajes especiais como antes, as expectativas de proezas mundiais na natação são limitadas num Centro Aquático de beleza notável, salvo os prováveis espetáculos de Phelps e o novo time com perspectivas para o Brasil também.

Entre ataques de ansiedade e interrogações sobre o que serão os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2012, fica margem para dúvidas.

Como diria William Shakespeare, as improvisações são melhores quando se as prepara.

Veremos.

Fonte: Prensa Latina