Índice da Confiança da Construção reduz 9,9% no 2º tri, diz FGV

O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 9,9% no trimestre encerrado em julho na comparação com um ano antes, o pior resultado desde novembro de 2011, quando mostrou retração de 10,2%, de acordo a Sondagem Conjuntural da Construção divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (3).

No trimestre até junho, o índice havia recuado 9,5% na mesma comparação. O índice médio dos três meses até julho ficou em 123,8 pontos, contra 137,4 pontos no mesmo período do ano anterior. No trimestre encerrado em junho, o Índice de Confiança da Construção havia ficado em 124,5 pontos.

Os segmentos que registraram o maior índice de piora no trimestre finalizado em julho foram Aluguel de Equipamentos de Construção e Demolição, com operador, cuja variação do índice de confiança passou de 3,9% em junho para -3,9% em julho; e Obras de Infraestrutura para Engenharia Elétrica e para Telecomunicações, cuja variação passou de -13,9% em junho para -15,8% em julho.

A FGV destaca que a piora do índice foi influenciada principalmente pelas perspectivas mais negativas do empresariado para o futuro.

No trimestre findo em julho, o Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 9,2% ante queda de 8,6% no mês anterior. A proporção de empresas prevendo melhora na demanda caiu de 54,4% em julho de 2011 para 42,0% no mês passado, enquanto a parcela das que esperam piora passou de 1,5% para 4,0% do total.

Já o Índice da Situação Atual (ISA-CST) apresentou queda de 10,6%, contra variação negativa de 10,5% em junho.

Das 699 empresas consultadas, 25,8% avaliaram que a atividade aumentou na média do trimestre encerrado em julho, contra 34,8% no mesmo período de 2011. Por sua vez, 17,3% consideram que a atividade diminuiu, contra 11,8% há um ano.

Na quarta-feira (1°), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a produção industrial brasileira subiu 0,2% em junho frente a maio, na primeira alta mensal depois de três quedas consecutivas, mas abaixo das expectativas do mercado.

A dificuldade da economia em avançar já levou o governo a cortar a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,5% para 3% neste ano. A projeção, porém, ainda é melhor que a do Banco Central, que reduziu sua projeção para este ano de 3,5% para 2,5%.

Fonte: Correio do Brasil